• Carregando...
Os quarterbacks Colin Kaepernick dos 49ers e Joe Flacco dos Ravens | Fotos: Robert Galbraith/Reuters e Adam Hunger/Reuters
Os quarterbacks Colin Kaepernick dos 49ers e Joe Flacco dos Ravens| Foto: Fotos: Robert Galbraith/Reuters e Adam Hunger/Reuters

R$ 8 MILHÕES

é o valor cobrado por 30 segundos de comercial no intervalo do Super Bowl. No ano passado, o preço era R$ 7 milhões e alcançou 111 milhões de telespectadores.

Para apontar com precisão onde ficam as arena esportivas americanas como Cowboys Stadium, MetLife, Lucas Oil, talvez haja a necessidade de ser um fã um pouco mais aplicado da NFL. No entanto, mesmo quem não segue com tanto afinco a liga profissional de futebol americano pode não ter dificuldade para relacionar o Superdome à cidade de New Orleans.

Trata-se da casa dos Saints, palco que serviu como abrigo para os sobreviventes do furacão Katrina, em agosto de 2005. Oito anos depois, a arena recebe o maior evento esportivo de um dia do planeta: o Super Bowl 47 – a final da liga profissional de futebol americano entre o Baltimore Ravens e San Francisco 49ers.

INFOGRÁFICO: Tudo sobre o Super Bowl XVLII

VÍDEO: Fãs de futebol americano debatem final

Depois do desastre, com ventos de até 280 km/h. a edificação se tornou um ícone, tanto para o mal como para o bem, e a realização do principal evento esportivo do calendário americano vem para consolidar o lado positivo dessa marcante estrutura.

Milhares de pessoas que não conseguiram deixar a cidade antes da chegada do Katrina e buscaram proteção dentro do estádio coberto, de acordo com o plano de resposta a catástrofes do governo. Afinal, o Superdome está desde 1975 no meio da cidade e pode ser facilmente acessado por estradas que circundam a região. O que ninguém esperava é que as proporções do problema fossem tão grandes, e que a ajuda humanitária demoraria tanto a chegar às mais de 14 mil pessoas abrigadas no local.

De solução, o local tornou-se um problema, um símbolo da demora no resgate e falta de ação do governo federal. A estrutura do telhado foi seriamente danificada pelos fortes ventos, e não havia a certeza de que suportaria a tormenta. Com escassez de comida, água e energia elétrica, os casos de violência, consumo de drogas e estupros se multiplicaram entre os refugiados.

Foram confirmadas seis mortes no local – quatro por causas naturais, uma por overdose e outra por suicídio –, mas relatos dão conta de assassinatos e outras pessoas tirando a própria vida diante do desespero trazido pelas condições do momento.

O Superdome foi reinaugurado em 2006, com o objetivo de retomar a normalidade em New Orleans. Desde então, as imagens da população desesperada por ajuda e as histórias de mortes e violência foram sendo substituídas pela persistência dos moradores em se restabelecer. Hoje, quem o visita pode ainda entrar esperando em um clima pesado, gerado pelas lembranças da catástrofe. Mas sua arquitetura única e o interior renovado mostram que não há mais espaço para a melancolia.

Nesta noite, ao vivo para um público de 150 milhões de telespectadores, a praça esportiva tem a chance de deixar de ser lembrado pelas dificuldades trazidas pelo furacão – e passar a ser citado como palco de um grande jogo entre duas das mais dinâmicas equipes da NFL, o Baltimore Ravens e o San Francisco 49ers dos técnicos irmãos John e Jim Harbaugh, respectivamente.

Carnaval com futebol ajudam reerguer cidade

Futebol e carnaval são unanimidades no Brasil. E em New Orleans as prioridades são quase as mesmas, com a diferença que o esporte é o americano e a festa se chama Mardi Gras. A paixão por ‘bola’ e o amor pela dança fazem da cidade americana a mais "brasileira" a abrigar um Super Bowl.

Hoje, a partir das 21 h (de Brasília), New Orleans recebe o principal evento do calendário esportivo dos EUA. Trata-se da partida que decidirá quem leva para casa o troféu de campeão da NFL: o Baltimore Ravens ou o San Francisco 49ers.

A partida, com um show da cantora Beyoncé no intervalo, é a atração mais assistida da tevê americana, com cerca de 150 milhões de pessoas em frente à tevê.

Mas para o bem da cidade-sede, a movimentação com o Super Bowl não se resume ao jogo. São muitas atividades durante a semana que atraem gente de todo o país. Para este ano, New Orleans espera a visita de 150 mil pessoas, mesmo que o estádio Superdome, palco da final, comporte apenas 75 mil espectadores.

O carro-chefe é mesmo o carnaval. Em todo o planeta, talvez seja a festa que mais se aproxima da comemoração brasileira. Milhares de pessoas tomam as ruas de New Orleans, seguem blocos pelo tradicional bairro French Quarter e acompanham a passagem de elaborados carros alegóricos. Normalmente, os desfiles começam um final de semana antes do carnaval, mas neste ano, o comitê organizador do Super Bowl decidiu antecipar essa primeira parte para que não coincidisse com o evento esportivo.

De acordo com o presidente da New Orleans Tourism Marketing Corpotation (organização responsável por promover as atrações turísticas da região), Mark Romig, o objetivo era fazer o início da festividade uma prévia da decisão. "Fizemos isso para garantir que pudéssemos direcionar o que temos de melhor nos departamentos de polícia, bombeiros e emergência para garantir a segurança na realização dos dois eventos", diz.

Romig revelou que apenas o Mardi Gras movimenta cerca de US$ 238 milhões e a final da NFL tem um impacto econômico previsto em US$ 432 milhões. Uma injeção de aproximadamente R$ 1,3 bilhão para dar um "empurrãozinho" em uma economia que, mesmo quase oito anos depois, ainda tem cicatrizes da catástrofe do furacão Katrina, de 2005.

Clique aqui e confira o infográfico em tamanho maior

(function(d, s, id) { var js, fjs = d.getElementsByTagName(s)[0]; if (d.getElementById(id)) {return;} js = d.createElement(s); js.id = id; js.src = "//connect.facebook.net/pt_BR/all.js#appId=254792324559375&xfbml=1"; fjs.parentNode.insertBefore(js, fjs); }(document, 'script', 'facebook-jssdk'));

Esportes | 3:07

A decisão da temporada de futebol americano, neste domingo, entre San Francisco 49ers e Baltimore Ravens, também mexe com a torcida local.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]