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Jogadores da seleção anfitriã do Mundial, a Polônia, fazem uma grande festa depois de bater o Brasil por 3 a 1 na decisão | Irek Dorozanski/ Reuters
Jogadores da seleção anfitriã do Mundial, a Polônia, fazem uma grande festa depois de bater o Brasil por 3 a 1 na decisão| Foto: Irek Dorozanski/ Reuters

A seleção brasileira mascu­li­na de vôlei ficou muito perto da conquista do inédito tetracampeonato, mas perdeu a final do Mundial para a anfitriã Polônia, ontem, em Katowice, e teve de se contentar com a me­­dalha de prata. A vitória polonesa na decisão do título foi por 3 sets a 1, com parciais de 18/25, 25/22, 25/23 e 25/22, fazendo enorme festa com a sua fanática torcida.

Depois dos títulos em 2002, 2006 e 2010, o Brasil tentava se tornar a primeira seleção na história a ser campeã mundial quatro vezes seguida – sempre com o técnico Bernardinho. Mas não teve forças para conter os poloneses, que chegaram ao segundo ouro de sua história, repetindo 1974.

A Polônia sofreu apenas uma derrota, em 13 jogos – ainda na segunda fase, diante dos EUA. Antes da decisão, ganhou também do Brasil, por 3 a 2, na terceira fase do campeonato.

Depois da derrota, o técnico da seleção brasileira, Ber­­nardinho, disparou contra a Fe­­deração Internacional de Vôlei. Para o treinador, não houve influência direta no resultado da final, mas desestabilizou a equipe. "Vi tanta coisa feia. A federação realmente age de uma maneira baixa demais", afirmou, para depois completar. "Eu vi coisas aqui no sentido de desestabilizar a gente mesmo."

Entre elas, ele criticou a es­­calação dos árbitros Milan Labasta (República Tcheca) e Frans Loderus (Holanda). "Nós tivemos um problema seríssimo com o árbitro de baixo [Labasta] na Liga Mun­­dial; colocaram propositalmente", disse, sem deixar de assumir a culpa pelo revés. "São pequenas coisas que não influenciaram em nada, vacilamos. Tivemos a nossa chance aqui", ressaltou.

Ele acusou a federação internacional, também, de tratar mal o Brasil. E não poupou a CBV (Confederação Bra­­sileira de Vôlei). "Me preocupa um pouco o futuro do vôlei porque acho que em termos de instituições estamos um pouco desprotegidos. A federação está fazendo um pouco de gato e sapato de nós", finalizou.

O Brasil foi prejudicado no Mundial devido a uma alteração no regulamento entre a segunda e a terceira fases, que privilegiou o time da casa. A seleção de Bernardinho, mesmo com melhor campanha, teve de fazer dois jogos em dias consecutivos (o que, em tese, não deveria) e se deslocar de Katowice a Lodz.

Na premiação individual do torneio, o Brasil teve dois atletas na seleção ideal: Murilo e Lucarelli. O polonês Mariusz Wlazly foi considerado o melhor atleta do campeonato.

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