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Estabilizado, assimilando aos poucos o novo estilo de jogo, o Coritiba pode, muito bem, pregar uma peça no Fluminense, hoje à noite. Não que tire o favoritismo dos cariocas para a partida, já vou me apressar em explicar. Afinal de contas, os tricolores fazem uma campanha irrepreensível, a melhor de todas desde que restaram 20 clubes a disputar os pontos corridos da Primeira Divisão nacional. Mas o Coritiba vem crescendo jogo a jogo. E mostrou, com resultados, ter superado aquele trauma de nada render fora de casa. Mesmo nos tempos áureos do ano passado, quando encantou o país com um futebol alegre e ofensivo, a ponto de chegar favoritíssimo para disputar (e perder) o título da Copa do Brasil contra o Vasco da Gama.

Estudioso, inteligente e com boa didática, o técnico Marquinhos Santos conseguiu passar aos seus comandados as informações necessárias para mudar o estilo de jogo, adaptado às referências técnicas de cada um deles. Foi por isso que ganhou de um desesperado Palmeiras e, com quase um time inteiro reserva, segurou um assoberbado Grêmio, que já contava com vitória certa para poder chegar mais perto do topo da classificação. Dois jogos longe do Alto da Glória, onde, até bem pouco tempo atrás, o Coxa só fazia figuração.

Por essas e outras é de se supor muita aplicação também para o difícil confronto de hoje. Que também perde a concentração e dia desses foi surpreendido em casa pelo último colocado, o praticamente rebaixado Atlético-GO. Para esta noite, acredito, o Fluminense deverá partir para o ataque, permitindo espaços a serem explorados pelo Coritiba. Que terá Deivid de volta, ou seja, a referência de finalização lá pelas bandas da área contrária.

Um ponto que venha do Rio de Janeiro já poderá ser computado entre os ganhos no saldo da competição. Importante para marcar posição na metade de cima dos classificados, com garantia de calendário internacional para a próxima temporada. Se vierem três, melhor ainda.

A favor

Pelo jeito os ventos mudaram. Tudo que conspirava contra agora age a favor do Atlético. O inesperado empate em casa com o Guarani fez ressuscitar entre os rubro-negros (a ponto de seu presidente e outros dirigentes perderem a cabeça nas cobranças ao árbitro, que nada interferiu no resultado do jogo) os fantasmas do primeiro semestre, quando tudo dava errado, distanciando o sonho de acesso.

Mas o São Caetano também empatou e tudo ficou como estava, com o Atlético entre os quatro primeiros colocados, aspirantes à promoção. E conta com uma tabela favorável para o fim de semana, recebendo o frágil Guarantinguetá (seria muito feio se enroscar de novo), enquanto o São Caetano amanhã enfrenta o Vitória.

Na outra semana, no confronto direto, no palco da conquista do título de 2001, poderá ter até quatro pontos de vantagem para defender contra o concorrente direto. Não dá para se queixar.

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