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Athos foi o primeiro esgrimista do estado a disputar uma Olimpíada | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Athos foi o primeiro esgrimista do estado a disputar uma Olimpíada| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Para o paranaense Athos Schwantes, que neste ano se tornou o primeiro representante da esgrima estadual a disputar uma Olimpíada, o modelo do sucesso para a realidade brasileira é bem claro – e não está tão longe assim. Já que o objetivo é subir ao pódio nos Jogos do Rio-2016, por que não se espelhar em quem, assim como o Brasil, também tem pouca tradição no esporte, mas surpreendeu ao alcançar a glória em Londres? Esse exemplo chama-se Rubén Limardo Gascón.

O venezuelano de 27 anos virou herói nacional após conquistar a segunda medalha dourada do país na história dos Jogos. Competindo na espada, a mesma categoria de Schwantes, ele entrou na competição como o 12.º do ranking mundial. E cinco lutas depois tirou a Venezuela do anonimato no esporte.

"O segundo colocado [norueguês Bartosz Piasecki] era o 47.º. No momento eu sou o 46.º. Isso é para deixar bem claro que todo mundo tem chance de ganhar", aponta Schwantes, de 27 anos, pertencente à terceira geração de uma família de esgrimistas.

Além do estilo de jogo, as escolhas de Limardo também são dignas de mimetismo. Desde os 18 anos de idade ele vive na Polônia, dedicando-se exclusivamente aos treinamentos.

"Ele foi morar fora, procurou estar próximo dos melhores do mundo. É uma pessoa bem bacana, conversamos bastante ao longo dos vários anos de competição. É um bom exemplo a ser seguido", aprova Athos, que em 2011 também sentiu a necessidade de se mudar: trocou Curitiba por Roma.

Na Itália, o paranaense disputa cerca de cinco vezes mais competições do que no Brasil, além de ter a oportunidade de evoluir sua técnica com os maiores campeões olímpicos da modalidade. Desta forma, focado na alta performance, espera terminar 2013 entre os 20 melhores do mundo.

"O salto já foi gigante. Eu mesmo já tive resultados inéditos, até porque não tinha a chance de participar de tantas provas. E quando tive essa possibilidade, conquistei resultados expressivos para minha carreira e para a esgrima como um todo, tanto que tivemos três atletas em Londres", fala.

De olho nas 30 medalhas que o esporte distribuirá no Rio, o governo federal, através do programa de esporte de alto rendimento da Petrobras – que também atende boxe, tae kwon do, remo e levantamento de peso –, estuda elevar o patrocínio. Segundo o atleta, a tendência é que a partir de agora os investimentos melhorem, assim como a estrutura de trabalho.

"É assim que sonho e estou concretizando meus passos rumo a uma medalha. Já tive a participação [olímpica], fiquei feliz, mas agora quero uma medalha, que é o objetivo principal", fecha ele, que também é atleta do Exército e recebe o Bolsa Atleta, do Ministério do Esporte.

ESPORTES | 9:18

O paranaense Athos Schwantes, primeiro representante do estado nos Jogos Olímpicos, mostra as armas usadas no esporte e também os equipamentos obrigatórios, além de comentar um combate.

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