Por que não na Olimpíada de Londres?

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Aos 16 anos e 1,82 m de altura, a curitibana Alessandra Marchioro encerrou 2009 com uma marca surpreendente: teve o melhor índice técnico no Torneio Open, em dezembro, uma das principais competições da natação brasileira. O índice técnico determina a melhor performance entre todos os vencedores das provas individuais. Com o recorde do campeonato nos 50 metros peito, completados em 31s08, ficou à frente de nomes consagrados nas piscinas, como Fabiana Molina e Joanna Maranhão.

Para entender o que isso significa, o melhor índice técnico masculino no Open foi o de Cesar Cielo, recordista mundial e medalhista olímpico nos 50 m e 100 m livre. "Nem podia imaginar que iria conseguir esse resultado. Eu já estava voltando para Curitiba quando o índice foi anunciado", conta Alessandra.

Se 2009 serviu para a atleta ser notada como um novo talento nas categorias absoluto, 2010 será para firmar-se entre os melhores nadadores do país, no ano em que estreia na categoria junior. O principal compromisso será em agosto. Ela vai disputar quatro provas – 50 m e 100 m livre e 50 m e 100 m peito – nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Cingapura.

Na despedida da categoria juvenil, no Campeonato Brasileiro realizado em novembro, em Curitiba, Alessandra chegou

como uma das favoritas. Não decepcionou: ganhou cinco medalhas – prata nos 100 m livre e peito, ouro nos 50 m peito e nos revezamentos 4 x 50 m e 4 x 100 m e ainda ficou com o melhor índice técnico.

O maior feito na competição em casa foi se tornar a primeira atleta juvenil no país a nadar os 50 m peito abaixo de 26 segundos, com 25s072. "Pena que não é prova olímpica", diz.

Com pouca idade, é considerada aposta certa para a Olimpíada de 2016, no Rio. Ela, porém, tem planos antecipados. "Quero, com certeza, buscar medalhas em 2016. Mas, por que não pensar em disputar em 2012 (em Londres)?", fala a garota que começou a nadar aos quatro anos por recomendação médica, para combater a bronquite.