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Já se foi o tempo em que se tornar jogador de futebol profissional dependesse apenas de qualidade técnica. Hoje é preciso abrir o bolso também. Pelo menos é o que acontece no Noroeste do Paraná, onde o Grêmio Maringá iniciou o processo seletivo de novos talentos, a popular "peneira", já visualizando a disputa da Terceirona do Estadual. O ex-atacante e hoje técnico Muller observa os candidatos, os quais "contribuem" com R$ 210 antes de ir a campo.

"Jogador que quer ser jogador e tem competência, capacidade, fará este sacrifício para ser avaliado por nós", disse Muller, em entrevista ao Globo Esporte. A peneira começou na quarta-feira e deve avaliar ainda outros 400 atletas de até 22 anos. Com cada um pagando pelo "kit peneira" – o qual vem com camisa, calção, meia e bolsa –, os cofres do Grêmio Maringá receberão uma boa injeção se recursos.

Ciente da discussão ética em torno da "seletiva", o presidente do clube, Aurélio Almeida, defende o modelo e tenta explicar o motivo da cobrança.

"O clube não pode dar uniforme a todos os meninos para fazerem teste, então o kit serve para que os meninos possam treinar uma, duas semanas, um mês, e não para a peneira. Se fosse para a peneira seria desonesto", afirmou. Almeida já é uma figura folclórica no futebol paranaense, tendo se aventurado em outros times como Império e Real Brasil.

Apesar de ter de pagar R$ 210 para participar, o jogador não tem vaga garantida no Grêmio Maringá. Só irá passar quem o técnico Muller aprovar.

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