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Em prova com final alucinante, o norte-americano Michael Phelps chegou ontem à sétima medalha de ouro em Pequim. Sérvio contestou o resultado | Jason Reed/Reuters
Em prova com final alucinante, o norte-americano Michael Phelps chegou ontem à sétima medalha de ouro em Pequim. Sérvio contestou o resultado| Foto: Jason Reed/Reuters

No penúltimo dia da natação nos Jogos Olímpicos de Pequim, o nadador norte-americano Michael Phelps voltou a fazer história e, ontem (horário de Brasília), venceu os 100 m borboleta, resultado que o igualou ao compatriota Mark Spitz como maior ganhadores de medalhas de ouro (7) em uma só Olimpíada.

De quebra, com o tempo de 50s58, ele superou mais uma marca olímpica na piscina do Cubo d’Água, que pertencia ao também americano Ian Crocker (50s40). O segundo colocado foi Milorad Cavic, da Sérvia, apenas um centésimo atrás do americano.

O nado borboleta era, de acordo com especialistas da modalidade, uma das provas em que Phelps poderia ser desbancado, mas o "fenômeno" americano foi soberano e mais uma vez cresceu no momento decisivo.

A um passo da consagração definitiva, ele volta à piscina hoje para nadar o revezamento 4 x 100 m medley. Uma vitória, além da sua 14ª medalha dourada na história dos Jogos, renderá ao americano a honra de ser o único atleta a faturar oito medalhas de ouro em uma edição dos Jogos Olímpicos.

Além do 100 m borboleta, Phelps subiu no lugar mais alto do pódio em Pequim nos 200 m medley e 400 m medley, 200 m livre, 200 m borboleta e nos revezamentos 4 x 100 m livre e 4 x 200 m livre, todas as provas com recorde mundial.

Mais à vontade

Quando terminou sua participação na Olimpíada de Atenas, Phelps afirmou que era apenas um garoto de 19 anos, parecia não entender direito o que acontecia a seu redor. Seus seis ouros olímpicos, apesar de serem um desempenho espetacular, eram tidos como um fracasso na piscina. Quatro anos depois, com a mesma meta, ele reconhece que não é mais um garoto.

"Definitivamente estou mais tranqüilo. Acredito que nos últimos quatro anos me preparei para o que pudesse acontecer. A competição, a relação com a mídia, tudo isso está mais fácil porque já passei por isso antes. Posso curtir mais do que podia", afirma o nadador.

Além de se divertir na água, Phelps também soube aproveitar muito mais o clima da Vila Olímpica. "Estou em um apartamento com cinco nadadores, me lembra alojamento de faculdade", diz o americano.

Nas horas vagas, conversa com os amigos dos EUA por meio de mensagens eletrônicas. Foi uma delas, aliás, que leu antes de conquistar a medalha que o tornou o mais laureado atleta da história dos Jogos.

Desde Atenas, porém, também aprendeu amargas lições nos últimos quatro anos. Em 2004, foi flagrado dirigindo bêbado e teve a carteira de motorista apreendida. Até hoje diz se arrepender da atitude.

Na mudança de seu técnico para Michigan, foi atrás, teve de deixar a casa da mãe e começar a se virar sozinho. "Ele (o técnico Bob Bowman) me deixa tentar acertar. Tenho errado, mas aprendo. Isso faz ser mais fácil para que eu tome decisões. Mentalmente, estou mais forte do que nunca."

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