Por uma figuração no Mundial

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A escolha de Curitiba alvoroçou as principais cidades do interior paranaense, de olho na passagem das seleções estrangeiras por aqui. No momento de apresentar as credenciais, vale estrutura, experiência turística e o caráter multiétnico do estado, colonizado por italianos, alemães, poloneses, japoneses...

Polo turístico e localizada na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, Foz do Iguaçu é uma das favoritas a hospedar alguma delegação. Com 20 mil leitos em 120 hotéis, a cidade apresenta ótimas condições de receber visitantes e atletas.

O secretário municipal de Turismo, Felipe González, lembra da estrutura usada pela seleção na Copa América do Paraguai, em 1999. "Foz está se mobilizando e está no comitê pró-preparativos da Copa", adianta.

Pegando carona no planejamento do evento, o município também pretende ver concretizada a reforma do Aeroporto Internacional, cujo projeto está pronto, e conseguir verbas para melhorias no circuito de construções turísticas.

Maringá, que tem 8% da população de origem nipônica, passa a torcer declaradamente para o Japão vir ao Mundial. "Muitos são conhecedores da língua e ainda têm ligações fortes com a cultura", diz a deputada estadual Cida Borghetti. "Temos a Associação Cultural e Esportiva , fundada por japoneses, que poderia abrigar tranquilamente a seleção."

Ela aposta nos pontos turísticos como chamariz. "Temos o Parque do Japão, a Cerimônia do Chá, na Acema, o Templo Budista, além da Catedral e o Parque do Ingá", lembra, destacando o Complexo Esportivo da Vila Olímpica e o Estádio Willie Davids como centros de treinamento. De sobrenome japonês, o presidente do Convention & Visitors Bureau, Sergio Takao Sato, garante que, apesar da preferência pela delegação oriental, há condições de receber qualquer seleção.

Colocar Londrina na rota da Copa de alguma maneira também é o que quer o prefeito Barbosa Neto. Ele disse já ter se reunido com o vice-governador Orlando Pessuti para discutir projetos. Segundo o secretário municipal de obras, Nelson Brandão, a maior benfeitoria seria a adequação do Estádio do Café aos padrões exigidos pela Fifa.

"Estamos avaliando toda a estrutura do estádio. Se Londrina for escolhida, teremos tempo para fazer as obras", comenta, citando a realização do Pré-Olímpico de Futebol, em 2000.

O presidente da Associação Comercial e Industrial, Marcelo Cassa, classificou como "fantástica" a possibilidade de o município participar do evento. "Hoje, quando se fala do Brasil no exterior, lembra-se muito da Amazônia e do eixo Rio-São Paulo. Com uma Copa, a visibilidade de Londrina aumentará e possibilitará que novos investidores se instalem aqui", planeja.