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Kelvin: vontade de ficar no Paraná. Será mesmo? | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Kelvin: vontade de ficar no Paraná. Será mesmo?| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

O folhetim

A trajetória de Kelvin foi meteórica: 11 jogos e muita agitação fora de campo. Vale a pena ler de novo:

12/10/10

Guaratinguetá 0 x 2 Paraná

Estreia no profissional. Entrou aos 41 minutos do 2º tempo e aos 47 fez um gol.

16/10/10

Paraná 2 x 0 Brasiliense

Primeira partida na Vila Capanema. Acertou uma bola no travessão.

23/10/10

Coritiba 0 x 0 Paraná

Entrou só aos 22 do segundo tempo – o suficiente para chamar a atenção.

29/10/10

Paraná 0 x 1 Bahia

O primeiro jogo como titular e uma derrota na Vila Capanema.

02/11/10

Paraná 1 x 0 América-Mg

O melhor jogo de Kelvin. Camisa 10 pela primeira vez, fez o gol da vitória.

13/11/10

ASA-AL 0 x 1 Paraná

Sofreu uma falta por trás que fez o árbitro expulsar um rival. Lance capital.

19/11/10

Paraná 0 x 0 Bragantino

Última partida na Vila. Já conhecido, Kelvin apanhou mais do que jogou.

27/11/10

Figueirense 4 x 2 Paraná

Uma atuação discreta na despedida da Série B. No total foram 11 partidas: 6 vitórias, 2 empates e 3 derrotas, sendo 7 como titular e 2 gols marcados.

02/01/11

A ausência

O grupo paranista reapresenta-se após as férias, mas Kelvin não aparece.

12/01/11

O impasse

O Paraná pede na Justiça para o atleta voltar, mas os agentes do atacante entram com uma ação solicitando que ele possa pagar a multa rescisória.

25/01/11

A sentença

A Justiça do Trabalho estipula a multa para uma transação dentro do país de R$ 4,7 milhões. Mas jogador, seus representantes e Paraná sinalizam um acordo.

27/01/11

O desfecho

Jogador, procuradore e clube tratam acerto que envolve o Porto, de Portugal.

Quanto mais especulações surgem sobre o destino de Kelvin, fica mais forte o indício de que o jogador está prestes a retornar à Vila Ca­­panema, mesmo que seja so­­mente até o meio do ano. Após de­­clarações nada amigáveis de ambas as partes desde a não reapresentação do atleta no dia 3 de janeiro e pedidos de liminar na Justiça do Trabalho, os representantes do meia-atacante e do Pa­­raná voltaram a ficar frente a frente em busca de um acordo que seja satisfatório para os dois lados.

O próprio jogador afirmou por telefone à Gazeta do Povo que existe a possibilidade de vestir no­­vamente a camisa Tricolor. "Pode acontecer [de eu ficar no Paraná]. Eu quero jogar, estamos acertando tudo", disse. O procurador do atleta, o ex-jogador Castro, também confirmou que a reconciliação é o objetivo de momento e que as conversas estão avançando nesse sentido. "Fizemos uma reunião e, em princípio, é para que ele retorne ao Paraná", resumiu. Seria um reencontro temporário com o clube que o revelou, até o meio do ano, antes da mudança de casa definitiva.

Pelo lado do time da Vila, o presidente Aquilino Romani preferiu se esquivar. "Vou dar uma coletiva quando tudo estiver resolvido. Tem de ter a documentação toda certa, senão vira confusão e só conversa", comentou, sem esconder que há uma negociação em curso, mas preferindo não dar mais detalhes sobre o rumo das tratativas. Apesar disso, Romani não confirmou a informação publicada pela imprensa paulista de que Kelvin teria sido vendido ao Porto, de Portugal, por R$ 4,7 milhões, e que permaneceria até meados do ano no Paraná. "Não sei", limitou-se a dizer.

O advogado do Paraná, Ales­­sandro Kishino, também não confirmou que o destino do jogador seja o país lusitano. "Não há nada disso, não há nenhum acerto. Não confirmamos o que a imprensa de São Paulo divulgou", disse. Mais enfático foi o procurador de Kel­­vin, que negou a notícia. "Não tem nada definido. Essa história de ir para Portugal não existe. Alguém inventou isso", comentou. Segun­­do as informações de bastidores, ontem Kelvin teria ido ao Rio de Janeiro para realizar exames com o médico da seleção brasileira, José Luiz Runco, a pedido do clube português.

O entrave é o valor que seria destinado ao Paraná no caso da transferência para a Europa. A multa para uma rescisão internacional é cerca de quatro vezes maior que os R$ 5 milhões fixados para equipes brasileiras e que estaria sendo oferecido ao Tricolor. O que o time da Vila Capanema estaria buscando é, ao aceitar um valor mais baixo, manter em contrapartida uma parte dos direitos do atleta para faturar em transações posteriores.

Para auxiliar nas conversações, o Paraná foi buscar em Porto Alegre um novo personagem. Trata-se do advogado especialista em direito desportivo, Ricardo Alfonsin, que confirmou via Twitter que esteve em Curitiba para "encaminhar um bom negócio para o Paraná Clube". Alfonsin foi contatado, mas não quis responder aos questionamentos da reportagem, assim como o pai do jogador, que mais uma vez preferiu manter-se em silêncio.

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