• Carregando...
O pagode com Arlindo Cruz acontece na quinta | Reprodução www.tcvultura.com.br/bembrasil
O pagode com Arlindo Cruz acontece na quinta| Foto: Reprodução www.tcvultura.com.br/bembrasil

A Suburbana é como coração de mãe: sempre cabe mais um. Recém-aposentado das chuteiras, candidato a atleta profissional sem emprego, apaixonado pelo esporte seguindo carreira "normal", todos encontram guarida no amador curitibano. Dois exemplos dessa máxima estarão em campo hoje, às 15h30, no Estádio Donato Gulin, pela terceira rodada da segunda fase da Divisão Especial.

Representando Vila Hauer e Urano, respectivamente, Neguinho Gullit e Rondinelli cansaram das voltas do mundo da bola e encontraram na competição dos bairros um ambiente seguro – exceto quando a bola rola, claro. O primeiro, em busca de sossego após uma aventura malsucedida pela Europa; e o segundo, como caminho para continuar professando a fé que encontrou nos gramados.

Nascido Vanderlei da Silva Martins, em São João do Ivaí (PR), o dono da camisa 10 da Pantera do Bairro virou Neguinho Gullit ainda no começo da carreira. Uma homenagem ao ex-craque holandês Ruud Gullit, de quem emprestava o visual invocado – cabelo com trancinhas e bigode respeitável – e uma boa dose de categoria no manejo da pelota.

Chamou atenção atuando pelo Vila Fanny, em 1996, e seduzido por um empresário foi parar na Polônia. Na mala, nenhuma roupa de frio. Chegando ao destino: temperatura de menos 25 ºC. Vários testes depois achou uma equipe na Terceira Divisão. "Foi bom apenas como experiência de vida", revela Neguinho, que viajou sonhando com segurança financeira e voltou com R$ 2 mil.

De volta ao Brasil, teve boa passagem pelo Sinop (MT), mas decidiu abandonar o sonho e tocar a vida como metalúrgico. Anos depois, retornou à Suburbana. "Voltei a jogar no Olympique e hoje estou tranqüilo no Vila Hauer", diz.

Defendendo a meta do Urano, Rondinelli teve uma história bem diferente. Foram 13 anos como jogador profissional. Vestiu a camisa 1 do Jataiense (GO), Democrata (MG), Glória (RS) e no Paraná defendeu o Tricolor da Vila Capanema, Grêmio Maringá, Cianorte e o Malutrom, quando foi campeão do Módulo Verde e Branco (equivalente a Série C) em 2000, pela Copa João Havelange. "Tive uma carreira vitoriosa em títulos, nem tanto na parte financeira. Mas me sinto realizado", aponta o goleiro.

Porém, a grande realização através do esporte foi espiritual. No atual J. Malucelli, encontrou o Pastor Anselmo, ex-jogador e um dos líderes da Associação Missionária de Capelania e Discipulado a Esportistas (Amcades).

"Através do trabalho dele encontrei a religião", diz Rondinelli. E ao deixar o profissionalismo, no ano passado, optou por, ao lado de Anselmo, prestar auxílio espiritual aos ex-colegas. "Minha motivação é formar discípulos de Jesus."

Trabalho que ele presta hoje para atletas de várias equipes, incluindo a Suburbana. De 15 em 15 dias, reúne-se com jogadores de Combate Barreirinha, Trieste e Urano e suas esposas. "Estudamos a bíblia e reforçamos vários princípios para tornar a vida melhor."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]