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A festa de encerramento do Brasileiro, na segunda-feira, não pode passar batida. Foi um des­­fecho emblemático a uma com­­petição marcada pela in­­dolência de alguns times, com a rivalidade ven­­cendo a ética esportiva

Enfim, encerrou-se a temporada com a imagem do presidente da República entregando a taça de campeão ao Fluminense – além do governa­­dor do Rio passando o troféu de craque ao meia Conca, também do Flu. Nada de volta olímpica e festa com o povão. Algo lamentável e que parece ser a tendência.

A torcida ficou em segundo plano com a politicagem montada pa­­ra celebrar o torneio. Apenas fãs com (muito) dinheiro (e influência) tiveram acesso ao Teatro Mu­­nicipal, no Rio. Os que en­­tra­ram, aliás, não se comportaram com etiqueta: vaias a toda menção dada a um adversário.

Foi constrangedor ver ex-atletas, campeões no Mundial de 70, subirem ao palco para ouvir do ministro da previdência que serão agraciados com uma aposentadoria. Deu pena. O pódio virou palanque.

No fim, o presidente do Co­­rin­­thians arrancou o microfone e parabenizou os times que conseguem espaço voltando à elite pela porta da frente. Ouviu um apupo daqueles. Deu risada e saiu do palco.

Era para ser apenas uma re­­ferência às viradas de mesa que ajudaram o time carioca em um passado recente. Uma provocação saudável. Mas foi bem mais do que isso: a tomada de posse da "cartolagem" à festa do futebol.

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