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Jadson André impressionou o americano Kelly Slater: “Ele dá muitos aéreos e exige o máximo dos seus adversários.” | Kirstin Scholtz/ ASP
Jadson André impressionou o americano Kelly Slater: “Ele dá muitos aéreos e exige o máximo dos seus adversários.”| Foto: Kirstin Scholtz/ ASP

O dia 29 de abril ficará marcado na história do surfe do Brasil. Às 14 horas de ontem, o esporte ga­­nhou mais um grande ídolo. Jadson André, de apenas 20 anos, venceu a etapa brasileira do circuito mundial, na Praia da Vila, em Imbituba. Como se só isso não bastasse, bateu na final o maior nome da mo­­dalidade: Kelly Slater, nove vezes campeão do mundo. Ja­­mais um surfista do país havia desbancado o mito ame­­ricano nu­­ma decisão em casa.

"É o dia mais feliz da minha vida", declarou o brasileiro, dis­­pu­­tando recentemente sua primeira temporada na elite do surfe, a terceira como profissional. "So­­nhava em disputar o circuito mundial, ganhar uma etapa e bater o Kelly Slater numa bateria. Num único dia consegui realizar todos os meus sonhos."

Pela conquista, Jadson embolsa um prêmio de US$ 50 mil (R$ 86,6 mil) e ganha 10 mil pontos no ranking mundial. Figura agora na quarta colocação da classificação, junto de nomes consa­­gra­­dos como o próprio Slater (1.º), o sul-africano Jordy Smith (2.º) e os australianos Taj Burrow (3.º) e Mick Fanning (bicampeão mundial, empatado em 4.º com o brasileiro).

"Eu nem sabia que ficaria tão bem colocado com este título. É uma grande surpresa", disse o po­­tiguar, que treina nas ondas do Guarujá há nove anos e chegou a Santa Catarina na 13.ª co­­locação. "Agora não posso fi­­car aco­­modado. Venho trabalhando há muito tempo para isso. Foi bem difícil ganhar do Kelly Slater no Brasil, mas será ainda mais complicado fazer isso em Jeffreys Bay (África do Sul, próxima etapa do circuito, em julho)."

O mito Kelly Slater teceu elogios à revelação brasileira. "Fi­­quei assistindo ele surfar nas duas primeiras etapas e sabia que seria muito difícil vencê-lo nestas condições do Brasil", ex­­plicou o americano. "Ele dá muitos aéreos e exige o máximo dos seus adversários. Infeli­­z­­mente para mim não consegui dar o meu máximo."

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