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A bela e a fera

EUA apostam em Hope para barrar Marta

A seleção dos EUA já enfrentou o Brasil 27 vezes. Venceu 23 e perdeu só duas. Jamais ficou de fora de uma semifinal de Copa. É bicampeã mundial e tricampeã olímpica. E deposita em sua experiente goleira a esperança de passar pelo Brasil. Hope Solo é o nome dela. Tem 29 anos, 1,75 m de altura e disputa sua segunda Copa. No Mundial de 2007, atuou até as quartas de final, mas foi sacada do time. Naquele ano, o então técnico decidiu que, para encarar o Brasil na semifinal, precisaria de uma goleira mais experiente. Resultado: levou uma goleada das brasileiras. Os americanos preveem um duelo entre Marta, a mais temida, e Hope, que esteve em campo em 2008 quando os EUA venceram o Brasil na final dos Jogos de Pequim. "É claro que elas têm a melhor jogadora, mas elas têm buracos. Podemos encontrar buracos no sistema defensivo delas e no meio e achar espaço para jogar", afirmou a goleira.

Dresden, Alemanha - A seleção feminina do Brasil não é mais a mesma. A dos EUA tampouco. O 28º confronto da história dos dois times, hoje, às 12h30 (de Bra­sília), em Dresden, que vale uma vaga na semifinal do Mun­dial, será provavelmente o mais imprevisível.

Para esta edição do torneio, o Brasil manteve sua base que nunca venceu, mas que convencia com um encantador futebol. Mas, na Alemanha, a seleção ganhou todos os jogos de maneira pragmática, com uma zaga firme, sem encher os olhos. Já as americanas, que venceram tudo o que puderam, decidiram se renovar e, por causa disso, amargam um dos piores momentos de sua celebrada história.

A seleção brasileira, do técnico Kleiton Lima, discursava sobre renovação. Convocou várias jogadoras jovens e promissoras. Mas a base continua a mesma. Das 11 titulares, oito têm experiência em outros Mundiais. As principais atletas são tarimbadas: desde a goleira Andréia, passando pela zaga, com Aline Pellegrino, indo até o meio com Formiga e ao ataque com Marta.

A espinha dorsal é a mesma que, nos últimos anos, exibia um futebol elegante, mas que esbarrava nas decisões: perdeu duas finais de Olimpíadas e uma de Copa. Por isso, veio o jogo pragmático. "Nosso objetivo é vencer, por qualquer placar. Dificilmente teremos goleadas", declarou Kleiton, em um discurso que causaria inveja a Muricy Ramalho e outros treinadores que priorizam a defesa e a força.

Uma derrota hoje pode significar, também, uma renovação obrigatória. Andréia e Formiga têm 33 anos. Rosana, 29, e Ester, 28. Dificilmente todas elas estarão juntas na Copa do Mundo de 2015. Já os EUA fazem o caminho inverso. Desde que perderam de 4 a 0 para o Brasil na última Copa do Mundo, em 2007, a mudança começou. Venceram a Olimpíada de 2008. E, desde então, nunca mais foram os mesmos.

Nas eliminatórias para o Mun­dial, as americanas perderam do México e só conseguiram a vaga no último jogo, contra a Itália. "Elas [americanas] mudaram muito. Nós também. Mas nós, em relação à última Copa, mantivemos o mesmo time. E os EUA caíram de rendimento por­­que a troca de algumas meninas foi muito grosseira", disse Formiga, com o conhecimento de quem está disputando seu quinto Mundial.

Ao vivo

Brasil x EUA, às 12h30, na Band, SporTV e SporTV HD.

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