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 | Divulgação / Maurício Arruda
| Foto: Divulgação / Maurício Arruda
  • Nico Rocha

O piloto de Apucarana, Nicomedes Soares da Rocha Filho, ou apenas Nico Rocha, de 39 anos, conquistou no último final de semana o título do Campeonato Paranaense de Motocross 2008. Correndo pela categoria MX3 (pilotos a partir de 34 anos), ele chegou em segundo na 7ª etapa da competição, realizada em São João do Triunfo, região Sudeste do Paraná, e foi campeão por antecipação. Willian Guimarães venceu a etapa e ficou com o vice-campeonato.

A vitória no Paranaense, da equipe Pro Tork, coroou um ano muito bom para o piloto. Além do título estadual, Rocha ele foi vice-campeão do Brasileiro de Motocross (também na categoria MX3) e só perdeu o "caneco" na última etapa, realizada no Rio de Janeiro, para o super-campeão Milton "Chumbinho" Becker, 13 vezes vencedor do Brasileiro de Motocross. O título deste final de semana foi o terceiro de Nico Rocha, que já havia sido campeão em 2005 e 2006.

O campeonato

Apesar de ter "sobrado" na temporada – venceu cinco, das sete etapas disputadas – Rocha acredita que o nível da competição tem melhorado a cada ano. "Foi bem disputado, embora eu tenha vencido a maioria das provas (nas duas em que não venceu, Nico ficou na segunda colocação). O Campeonato Paranaense é o melhor do país e reúne os melhores pilotos da atualidade", disse, por telefone, à Gazeta do Povo Online.

Para o piloto, a boa organização e a qualidade técnica dos pilotos tornou o Paraná uma vitrine para o esporte. "Já foram feitas pesquisas e enquetes em sites especializados e o nosso campeonato é o melhor de todos. Vários pilotos de fora vêem para cá buscando aprimorar suas técnicas". Em relação à sua categoria, a MX3, Rocha lembra que as dificuldades são ainda maiores. "Como é uma categoria que comporta atletas mais experientes, todo mundo, até os que estão atrás, sabem muito bem como pilotar e têm uma bagagem grande no esporte. É muito difícil".

A última etapa do campeonato acontece em 29 e 30 de novembro, na cidade de Bandeirantes. "Vou correr mesmo tendo sido campeão. A gente não consegue parar nunca de competir".

Segredo do sucesso

"Muita gente acha que no Motocross o caboclo chega, monta na moto e vai correr. Não é bem assim", afirmou Rocha. Para ele, o segredo de ter feito um campeonato quase perfeito está na boa pré-temporada, que normalmente é desconhecida para os fãs. "Eu fiz uma boa preparação. Este ano a equipe nos trouxe um treinador e conseguimos otimizar os treinamentos. Demos ênfase na parte física e nos treinos com a moto. Somando tudo, tivemos uma ótima preparação".

A rotina de treinos dos pilotos de Motocross é bastante intensa e não fica atrás de nenhum outro tipo de preparação de atletas. "Pela manhã variamos treinos físicos, com academia, bicicleta, alongamentos e musculação. Já no período da tarde subimos na moto e vamos para o centro de treinamentos da equipe (em Siqueira Campos, região do Norte Pioneiro do Paraná). Lá podemos simular várias situações e conseguimos melhorar a cada dia".

Falta de patrocínio e volta triunfal

Durante sete anos Nico Rocha foi forçado a abandonar o Motocross. Sem patrocinadores e desanimado pelos rumos do esporte, ele teve que ver sua principal paixão ser "escanteada". Mas, em 2005, o piloto assinou contrato com a sua equipe atual e recomeçou uma história de sucesso. No ano de reestréia no esporte, foi campeão Paranaense.

Hoje, mais animado, ele acredita que o esporte segue uma caminhada de sucesso crescente. "O Motocross nos últimos anos se tornou muito profissional. Para ser um piloto de ponta, precisa ser um atleta, afinal se exige muito fisicamente hoje em dia. Tendo um bom preparo, um equipamento bom e uma preparação bem planejada, você consegue os seus objetivos".

Aos que ajudaram Nico Rocha a se tornar tri-campeão do Paranaense, ele manda o recado. "Faço questão de agradecer a todos que me apóiam sempre, como minha família, parentes, fãs, a equipe e nossos patrocinadores. Sem eles, não chegaria até aqui".

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