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Inspirado em modelos seguidos por cidades que tiveram sucesso na organização dos Jogos Olímpicos, o prefeiro do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, assinou na tarde desta segunda-feira (10) um decreto que cria o Instituto Rio 2016. O objetivo é ter uma equipe exclusivamente voltada para o acompanhamento dos cerca de 70 projetos, dando agilidade e transparência à execução, além de acompanhar a fiscalização orçamentária. O novo órgão vai ocupar o galpão da escola de samba Porto da Pedra, sendo mais um passo no processo de revitalização da Zona Portuária.

É para lá que o prefeito pretende convencer o Comitê Olímpico Internacional (COI) a levar o centro e a Vila de mídia, além de algumas instalações esportivas. No projeto original, a Barra é o endereço delas.

"Estamos apresentando sugestões ao COI e ao Comitê Organizador para que alguns equipamentos sejam transferidos para o porto. Mas é um processo de debate, nunca de imposição. Com relação ao Instituto, vimos que as cidades que foram bem sucedidas na organização separaram as atribuições do dia a dia da cidade das dos Jogos. Nós temos a secretaria Rio-2016 que cuida também da Copa e dos Jogos Mundiais Militares, mas a gente percebe que ou se dedica uma área da administração pública municipal para analisar tudo de Olimpíadas ou dificilmente se consegue tocar os Jogos. Resolvemos profissionalizar essa questão", disse Eduardo Paes, que nesta terça-feira enviará à Câmara um projeto legislativo para a constituição de uma sociedade de interesse específico.

Se a presidência do Instituto, que passa a funcionar a partir de amanhã, ainda não foi definida, assim como boa parte do organograma, a previsão é que a equipe contará com 35 pessoas num primeiro momento. A diretoria executiva ficará a cargo de Débora Linhares, formada em Administração, com 12 anos de carreira trabalhando em empresas no Brasil, EUA e Ásia. Dois conselhos auxiliarão na tomada de decisões: um executivo e um consultivo, que ouvirá as propostas da sociedade.

Embora seja subordinado à Secretaria Especial Rio-2016, o nome de Ruy Cezar não é cotado para a presidência do Instituto. A preferência de Eduardo Paes é que o secretário seja o representante da Prefeitura na Autoridade Pública Olímpica (APO), consórcio que reunirá os governos federal, estadual e municipal, e vai coordenar praticamente todas as obras do evento. A APO será constituída na quarta-feira, em Brasília.

"Tenho conhecimento das ideias e ações da equipe do prefeito. A criação do Instituto me parece de uma felicidade muito grande. Eduardo Paes teve ações importantes que vão trazer benefícios para a população", disse Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro e do Comitê Organizador.

A próxima ação agendada antes da chegada da comissão de coordenação do COI, marcada para o dia 18, será a abertura da licitação da Transolímpica, a ligação entre a Barra e Deodoro, tida como uma das prioridades para este ano.

"Será uma espécie de Linha Amarela com BRT, talvez seja a obra de maior complexidade e contará com parceria público privada. Quero deixar o Comitê Organizador tranquilo. As grandes intervenções, aquelas que vão exigir mais de dois anos para ficarem prontas, estarão todas em execução em 2010. A Transcarioca estamos esperando a liberação do governo federal, mas temos recursos próprios para iniciá-la. A previsão é que esteja finalizada em 2013. A Transoeste vai ficar pronta em 2012", afirmou o prefeito, lembrando que seu maior dilema é a questão de hotéis.

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