Em uma disputa acirrada, Affonso Della Monica venceu a eleição para presidente do Palmeiras, na madrugada desta terça-feira, no Palestra Itália. Reeleito, ele foi aclamado com uma diferença de 33 votos - 156 votos a favor e 123 contra - e comandará o time no biênio 2007/2008. Além do presidente, foram eleitos quatro vices e 15 nomes para o Conselho Fiscal, além de seus sete suplentes.
A votação durou duas horas. Seraphim Del Grande, ex-vice-presidente, alega que a demora se deu porque o ex-presidente Mustafá Contursi, que é o atual comandante do Conselho Deliberativo e presidia a mesa, chamava um conselheiro a cada três minutos, apesar de ter 15 urnas eletrônicas disponíveis. Para piorar, o Palmeiras se atrasou na apuração por não possuir um programa que fizesse a soma dos resultados de todas as urnas. Antes da eleição, o Conselho Deliberativo aprovou o balanço financeiro de 2006, que havia sido rejeitado pelo Conselho Fiscal. A aprovação já era um indício da vitória de Della Monica.
A eleição prometia ser apertada. Della Monica esperava ganhar por uma diferença de 20 votos, enquanto Roberto Frizzo acreditava na vitória por cerca de sete a quinze votos. Outros elementos apimentaram a disputa. Frizzo era, até dezembro de 2006, diretor administrativo da gestão de Della Monica. Mas resolveu enfrentá-lo, com o apoio de Mustafá Contursi, que ficou no comando por 12 anos.
Della Monica, por sua vez, recebeu o apoio do grupo de Seraphim Del Grande, que era oposição. O ex-vice juntou-se ao atual presidente com o objetivo de diminuir o poder de Mustafá dentro do clube.
- Há quatro meses ele era imbatível, hoje já não é assim. A tendência é que ele perca esse poder. Essa eleição não foi do Frizzo contra o Della Monica, e sim do Mustafá contra o Della Monica. Temos que acabar com essa política do ódio que está no Palmeiras há muitos anos - declara Seraphim.
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