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As obras para a Copa do Mundo de 2014 já deveriam ter começado no início do ano e o planejamento para o evento pode estar atrasado em até dois anos. O alerta foi feito nesta terça-feira pelo presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia (Sinaeco), João Alberto Viol, durante conferência no V Fórum Urbano Mundial do Programa da Organização das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), no Rio de Janeiro.

Para ele, o Brasil ainda está numa fase inicial, avaliando que tipo de empreendimento terá de ser feito para que o evento seja bem sucedido - algo, que na avaliação dele, deveria ter sido concluído em 2008. "A Copa de 2014 é uma oportunidade única para o desenvolvimento do Brasil. Não haverá uma nova oportunidade como essa no século XXI. É preciso que o País defina se vai querer ser uma vitrine ou uma vidraça", afirmou Viol.

Segundo o presidente do Sinaeco, o poder público precisa urgentemente passar a valorizar o planejamento no processo decisório, definindo com antecedência seus empreendimentos prioritários. Ele ainda destacou que os mecanismos de contratação e elaboração de projeto e obras precisam ser aperfeiçoados. Na sua avaliação, atualmente o que se produz em termos de planejamento no Brasil atualmente são "documentos formais deslocados da realidade".

O presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Rio de Janeiro (Crea-RJ), Agostinho Guerreiro, fez coro. Ele lembrou que ainda estão de pé todos os estádios que o projeto brasileiro para sediar a Copa de 2014 previa derrubar para a construção de novas arenas. "A gente está atrasado. Basta lembrar que não estamos falando de um evento para 2014. Mas para 2013", disse Guerreiro, referindo-se à Copa das Confederações, que ocorre um ano antes da Copa do Mundo.

Em brasília

Guia das autoridades esportivas na passagem pelo Congresso Nacional, o ministro Orlando Silva afirmou acreditar que serão cumpridas as exigências da Fifa para a Copa de 2014. Fixado o prazo de 3 de maio para o início das obras dos estádios, há casos de cidades que ainda nem tiveram o processo de licitação concluído, como Brasília.

No mês passado, o Tribunal de Contas do Distrito Federal suspendeu a licitação de reforma e ampliação do estádio Mané Garrincha devido à ausência de um projeto básico e de detalhes orçamentários. O valor estimado da obra é de R$ 740 milhões.

"É evidente que Brasília vive uma instabilidade política e institucional, mas creio que isso não deve comprometer a participação da capital federal", analisou o ministro. "Temos de reconhecer a particularidade do momento de Brasília e garantir que (a cidade) participe positivamente da Copa".

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