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Estadual 2008 pode mudar

Sobre a ação promovida por Atlético e Engenheiro Beltrão no STJD, pedindo a anulação do arbitral que mudou o regulamento do Paranaense 2008, o presidente Aluísio Ferreira afirmou que seguirá a lei. "Se o arbitral cometeu alguma ilegalidade, vamos corrigir. Se a lei fala que não pode mudar [o regulamento] e isso está no código (sic) do torcedor, eu não tenho preguiça em convocar um novo arbitral", disse Ferreira, confundindo o nome do Estatuto do Torcedor.

Ele ainda disse que pretende reaproximar a FPF do Atlético. Ambos estão em uma crise de relacionamento, interpretada por Ferreira como algo pessoal. "Existe sim uma crise, mas eu acho que essa crise não é com a Federação, e sim com o ex-presidente Moura", afirmou, completando sobre a intenção de "fazer as pazes" com o comando atleticano: "Afinal, o Atlético é muito importante para o futebol do Paraná". (NA)

Aluísio Ferreira está mantido no cargo de presidente da Federação Paranaense de Futebol. O "Itamar Franco" do futebol do estado teve o mandato tampão oficializado ontem, após uma reunião com a diretoria da FPF – ainda ligada à gestão Onaireves Moura.

Ferreira foi escolhido pelos demais vice-presidentes (Adroaldo Araújo, Aristides Mossambani, Jorge Dib Sobrinho e Lino Rodrigues) para ficar no poder até abril de 2008, quando venceria mais um mandato de Moura, que comandou a Federação por 22 anos. "Quero agradecer aos companheiros pela confiança", disse o mandatário-tampão, prometendo logo de cara informatizar a entidade: "Temos de modernizar. Os problemas do Moura começaram ali (na falta de informatização), como por exemplo no caso do Rio Branco".

Ele se referiu à eliminação do Leão na Copa do Brasil em função de uma falha no departamento de registros da FPF. O novo presidente também prometeu sindicâncias para apurar erros nos departamentos.

A auditoria na FPF ficou em segundo plano. Ferreira disse que considera necessário apurar os desvios de conduta na entidade, mas por ora... "Estamos sem recursos financeiros", admitiu, logo emendando: "Isso não pode deixar de ser feito, para que todos saibam o que acontece aqui dentro. Ele não quis falar em sucessão. Disse que a preocupação maior é sanear a Federação e reabrir o Pinheirão. E afirmou que quer romper os laços com Onaireves Moura. Ao menos em partes. "Administrativamente sim. Agora, pessoalmente, não. Não tenho como negar que sou amigo dele", disse. O presidente confirmou que mantém contatos com Moura. "Eu tenho conversado com ele. É rotineiro, mas de acordo com a necessidade", disse, explicando: "Por exemplo, o contrato do Estadual com a TV, os rombos financeiros...".

A comparação com Itamar Franco tirou risadas de Aluísio Ferreira. Ele assume após denuncias de corrupção, como o ex-presidente, vice de Fernando Collor. Mas não havia pensado nas similaridades. "Eu não havia pensado assim ainda, até porque qualquer um dos vices podia assumir", disse. E logo confessou: para quem tem como maior experiência, o comando da Liga Amadora de Ponta Grossa assumir a principal cadeira no futebol do Paraná foi um susto. "Essa ascensão foi surpresa. Como o Itamar, vice é vice. E o Jô Soares dizia: 'você já viu alguma rua com nome de vice?'", questionou, na esperança de fazer história no comando da FPF.

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