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Saldo zerado

O advogado Domingos Moro afirma que caso seja punido com a perda dos 72 pontos, o Paraná Clube seria prejudicado apenas no Campeonato Brasileiro deste ano. "Não está previsto na nossa legislação que o saldo de pontos deva permanecer em outras competições. Na Itália foi diferente porque a legislação deles prevê, mas aqui o saldo de pontos desaparece e o clube não ficaria devedor no próximo campeonato"

Mais uma vez o "caso Batista" (clique aqui e entenda o caso) volta aos noticiários nesta quarta-feira. Após um mês de investigação, a procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva decidiu oferecer denúncia sobre o polêmico assunto alegando possíveis irregularidades nas negociações entre o Paraná Clube, o jogador e o Avaí. Se for punido, o clube pode perder 72 pontos, que correspondem ao número de partidas que o jogador esteve em campo.

O advogado do Tricolor no processo, Domingos Moro, explica quais serão os trâmites a partir de agora. "O Rubens Approbato (presidente do STJD) deverá receber a denúncia amanhã (quinta) e determinar o processamento dela. Se será como está sendo posta, ou apenas parte dela, afinal é bastante ampla. Temos que esperar para ver quais serão os termos da denúncia para aí conversar com o Paraná e ver qual será a determinação do clube sobre como iremos agir e se iremos mesmo agir".

Para tranqüilizar o torcedor, Moro aproveita e garante que o Paraná já tem uma vitória neste caso. "Não podemos perder de vista um elemento fundamental nesta questão. Quando houve a queixa do Náutico, o que a procuradoria fez? Consultou a CBF. A CBF disse que o contrato estava regular e aí sim registrou o Batista. É preciso que não se perca de vista que na posição da CBF, não há irregularidade. Foi a CBF quem incluiu o atleta no BID. Isso vai pesar na hora de examinar a questão".

Uma consulta ao Paraná e ao jogador Batista poderia ter solucionado alguns dúvidas que a procuradoria do STJD tem sobre o caso. "Eu fiquei surpreso. Sabíamos que havia o inquérito e sabíamos que eles tinham ouvido a CBF e a Adap sobre o assunto. Ficamos na expectativa de que eles nos procurassem ou procurassem o jogador, mas isso não aconteceu. É uma surpresa. Não que o inquérito esteja prejudicado ou coisa assim, mas acho que se as razões e explicações do Paraná e jogador estivessem no inquérito, quem sabe nem houvesse denúncia", explicou Domingos Moro.

O presidente em exercício do Paraná, Aurival Correa, deu sua opinião sobre o caso. "A preocupação é grande, mas só vamos saber o que fazer a partir de amanhã (quinta) quando tomarmos conhecimentos das denúncias", disse em entrevista à Rádio Banda B.

O argumento

O argumento utilizado pela procuradoria do STJD diz o seguinte. O Batista estava emprestado para o Paraná em 2006 e poderia continuar com ele, mas não houve acerto salarial entre o Tricolor e a Adap, dona de seus direitos federativos. Assim a Adap emprestou o jogador para o Avaí, que algum tempo depois re-emprestou ele para o Paraná. Na visão do STJD, essa triangulação para que o Paraná ficasse com o jogador seria irregular.

A procuradoria pede esclarecimentos do Paraná, do Avaí e dos responsáveis por registros da Federação Paranaense de Futebol e da CBF. "A procuradoria pediu para que o pleno do STJD que se posicione sobre essas eventuais infrações. Todos podem ser punidos", completou Moro.

Os outros acusados são José Carlos de Miranda (presidente afastado do clube), João Nílson Zunino (presidente do Avaí), Laércio Polanski (superintendente da Federação Paranaense de Futebol) e Luís Gustavo Vieira de Castro (diretor de registros da CBF).

Após receber a denúncia, o presidente do STJD vai analisar o pedido e depois deliberar sobre o assunto. Isso deve acontecer até o final dessa semana ou no mais tardar no início da semana que vem. A Gazeta do Povo Online tentou entrar em contato com Rubens Approbato, mas não recebeu retorno.

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