O Tribunal de Contas da União (TCU) detectou irregularidades na licitação das obras do Maracanã. A reforma do estádio no Rio de Janeiro vai custar R$ 705,5 milhões. O custo será bancado pelo governo do Rio (R$ 305,5 milhões) e, principalmente, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que vai conceder o financiamento da maior parte do dinheiro (R$ 400 milhões).
Mas, para o Tribunal de Contas da União, o projeto básico da reforma apresentado pelo estado tem irregularidades. Segundo os auditores, não foram elaborados os projetos necessários, consequentemente não há como se ter a mínima convicção a respeito do efetivo custo da obra. O TCU compara as propostas de reforma dos estádios do Maracanã e do Mineirão, em Belo Horizonte. Enquanto no Rio foram apresentadas 37 plantas sobre as intervenções necessárias, em Minas foram 1.309.
Para o Tribunal, "como não há projetos de engenharia suficientes para caracterizar os serviços contratados, a planilha beira a mera peça de ficção". O Tribunal de Contas da União recomenda que o BNDES não libere mais de 20% dos recursos, até que o governo do estado apresente o projeto executivo com todas as obras detalhadas. Por essa decisão, o Maracanã só receberia, por enquanto, R$ 80 milhões dos R$ 400 milhões já aprovados. O governo do estado informou que o projeto executivo foi contratado junto com a obra e só estará pronto no dia 15 de abril.
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