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A exemplo do Brasil e seu es­­quema privilegiando os contra-ataques, Portugal – adversário da seleção de Dunga no dia 25 de junho, fechando a primeira fase da Copa do Mundo – também chega ao Mundial com um esquema bem definido.

É uma espécie de 4–3–3, variável para o 4–5–1 quando os meias-atacantes recuam para compor o meio de campo. Um deles é Cristiano Ronaldo, aberto pela esquerda. Aliás, uma das preocupações do técnico Carlos Queiroz ao moldar a equipe foi manter o seu principal jogador atuando da mesma forma que no clube – Ro­­naldo, hoje no Real Madrid, foi eleito o melhor do mundo pela Fifa em 2008 quando ocupava o lado esquerdo de ataque do Manchester United.

Teoricamente é uma formação bem mais ofensiva que a do Brasil. Mas ontem o time não conseguiu sair do 0 a 0 com a frágil seleção de Cabo Verde (a formação inicial está no campo ao lado). O jeito foi assimilar as vaias dos torcedores que viram o amistoso em Covilhã.

Portugal jogou em ritmo de treino, é verdade, mas ficaram nítidas as dificuldades contra um esquema defensivo. Situa­­ção que tende a se repetir contra o time de Dunga, com o agra­­vante da brutal diferença técnica entre os zagueiros brasileiros e caboverdenses e, principalmente, o letal contra-ataque de Kaká e companhia – o adversário de ontem era praticamente nulo no ataque.

Até a Copa, Queiroz pode trocar algumas peças. O brasileiro Pepe, se recuperando de lesão, deve assumir a função de Pedro Mendes na proteção à zaga. Miguel Veloso e Raul Meireles disputam uma posição na meia, Fabio Coentrão e Duda na lateral esquerda, Nani e Simão na direita do ataque. Mas a formação tática não mudará.

A derrota por 6 a 2 para o Brasil, no amistoso disputado em novembro de 2008, quando tentou jogar de igual para igual, serviu de lição. Por isso é provável que Queiroz esteja pensando em uma postura mais cautelosa para o duelo da Copa. No caso, mais para o 4–5–1 – com Ronaldo e Nani (ou Simão) fechando o meio – do que para o esquema com três atacantes.

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Gênio - Jorge Parraga

O técnico interino mudou a cara do Palmeiras em pouco tempo após a demissão de Antônio Carlos e o afastamento do atacante Robert. Apostando em Éwerthon na frente, fez 4 a 2 no Grêmio, com dois gols do jogador.

Professor Pardal - Emerson Leão

O técnico muda o Goiás a cada jogo, mas não está conse­­guindo tornar o time compe­­titivo. No sábado levou um passeio do Botafogo e, ao perder por 3 a 0, se manteve como o único da Série A que ainda não somou pontos.

Operário-padrão - Fernandão

A contratação do atacante mudou o jeito de o São Paulo jogar. Para melhor. Em vez da ligação direta para Washington, agora o time trabalha mais as jogadas. No pivô, Fernandão é a referência para a chegada de Dagoberto e Marlos.

Peladeiro - Paulo Baier

Sumido em campo, não conseguiu dar ao Atlético o poder de criação esperado na derrota por 3 a 1 para o Atlé­­tico-MG. O pior é que não teve nem a chance de compensar a má jornada em lances de bola parada.

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