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Ouça a entrevista de Cesar Cielo concedida após a prova dos 50 m livre |
Ouça a entrevista de Cesar Cielo concedida após a prova dos 50 m livre| Foto:

Incrível reação garante mais um tri a Phelps

Nos 100 m borboleta, última prova individual olímpica, o americano Michael Phelps, 27 anos, ganhou seu terceiro ouro nos Jogos de Londres e aumentou para 21 seu recorde de medalhas olímpicas.

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Personagem

Decepcionado com o quarto lugar, Bruno Fratus perde a compostura

Mesmo tendo ficado bem perto do pódio na primeira Olimpíada que disputa, o nadador Bruno Fratus não escondeu a irritação por ter chegado em quarto lugar nos 50 m livre. Ao sair da piscina do Centro Aquático, o nadador fluminense de 23 anos passou como um relâmpago pelos jornalistas na zona mista de entrevistas e deu um forte empurrão na porta que dá acesso ao vestiário.

Quando retornou para conversar com a imprensa brasileira, Fratus se disse muito decepcionado com o tempo de 21s61, dois centésimos acima de Cesar Cielo, que conquistou o bronze.

"A gente passa bastante tempo se preparando, se dedicando, corre atrás do ideal e no final fica em quarto lugar por dois centésimos. Não chega a ser frustrante, mas você fica bem decepcionado, triste", lamentou.

A expectativa agora é de fazer um bom ciclo olímpico e chegar em condições de lutar pelo ouro nos Jogos de 2016. "Quatro anos passam rapidinho e a próxima vai ser em casa. Não vejo a hora de começar o trabalho de novo", disse.

  • Cesar Cielo também era favorito. Ele ficou com o bronze e chorou

Quando avistou a família na arquibancada do Centro Aquático ontem, a caminho do pódio, o nadador Cesar Cielo não conseguiu mais esconder o desapontamento por não ter conquistado o bi olímpico nos 50 metros livre, prova em que é o recordista mundial e na qual não deixava de vencer uma competição desde o ouro em Pequim-2008.

No discurso à imprensa, o brasileiro até tentou exaltar o bronze, a terceira medalha em duas Olimpíadas disputadas. Mas o semblante de tristeza ao receber a medalha do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, escancarou a frustração.

A decepção era por não ter alcançado a casa dos 21s30, que Cielo planejava e que seria suficiente para pô-lo no topo novamente, já que o francês Florant Manadou, vencedor da prova, fez o tempo de 21s34. A prata ficou com o americano Cullen Jones, que cravou 21s54 – mesma marca que Cielo havia registrado na semifinal de quinta-feira, mas que o brasileiro piorou em cinco centésimos na final de ontem, fechando em 21s59.

"É uma medalha, apesar de não ser a que eu queria. Para não ficar tão ruim, saiu uma medalhinha de bronze", resignou-se, apesar de atordoado após a prova.

"O pódio olímpico é muito especial. É minha terceira medalha olímpica, então tenho a sensação de entrar em outro escalão de nadadores. Ao mesmo tempo estou um pouco decepcionado, aliviado, um pouco de tudo. Uma mistura de sensações", enumera.

Sobre os motivos da derrota, Cielo reconheceu o bom rendimento de Manadou, que, na opinião do brasileiro, fez a melhor prova de sua vida. Mas também não deixou de criticar a organização da Olimpíada de Londres por ter posto os 50 metros no dia seguinte aos 100 metros, o que teria atrapalhado seu desempenho físico na final.

"É uma coisa que já falo há tempo [da prova dos 50 ser no dia seguinte à dos 100]. Chegou nos 50 m e eu já estava um pouco gasto, com a velocidade um pouco queimada, a explosão comprometida, que foi o que faltou para ganhar a medalha de ouro", considera.

Com o fim da participação em Londres, Cielo, que era a maior esperança de ouro da delegação brasileira, pretende pegar uns dias de férias até retornar aos treinos para a disputa do Troféu José Finkel, em São Paulo, daqui a três semanas.

O nadador também afirma que vai rever a agenda de disputas para o ano. O principal evento será o Mundial de piscina curta, em dezembro.

Essas provas, segundo Cielo, já fazem parte do novo ciclo olímpico para chegar em condições de reconquistar a soberania da prova nos Jogos do Rio, em 2016. O objetivo, enfatiza o nadador, é se manter no topo até lá.

Para isso, almeja repetir o período de conquistas entre Pequim e Londres, quando venceu dois Mundiais e levou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no ano passado.

"A vontade é imensa de representar o Brasil da melhor forma no Rio. Mas quero conquistar essa afirmação com títulos até lá, não apenas falando. Quero chegar a 2016 dizendo ‘posso conquistar o ouro porque ainda continuo no topo’", planeja Cielo, que em 2016 estará com 29 anos.

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