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Manifestantes entraram em confronto com a polícia nos arredores do Maracanã neste domingo (16) | Jadson Marques/Futura Press
Manifestantes entraram em confronto com a polícia nos arredores do Maracanã neste domingo (16)| Foto: Jadson Marques/Futura Press

Um protesto em frente ao Maracanã na tarde deste domingo (16), quando o estádio recebe o jogo entre Itália e México pela Copa das Confederações, terminou em confronto entre manifestantes e a polícia. Cerca de mil pessoas foram ao local para reclamar contra os gastos públicos na realização da competição, assim como tinha acontecido no dia anterior em Brasília, antes da abertura entre Brasil e Japão.

"Copa para quem?", "Quando o povo parar de se conformar, o Brasil vai mudar" e "Desliga a TV e pensa" são alguns dos cartazes levados pelos manifestantes no protesto no Maracanã, parte deles em inglês. Muitas pessoas também levavam a Bandeira Nacional. Mas, apesar do início pacífico, o protesto acabou se transformando em confronto com a PM, provocando cenas de violência nas ruas do Rio.

Tropas da Polícia Militar do Rio jogaram bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral para tentar conter o protesto e evitar que as pessoas se aproximassem do Maracanã. No momento do ataque, os manifestantes cantavam o Hino Nacional. A PM alegou que precisava desocupar a via pública, que estava parcialmente interditada pelos participantes da manifestação.

Asmática, uma manifestante caiu ao chão e teve que ser socorrida por colegas, já que tinha dificuldades de respirar em meio à fumaça. Não há ainda informações sobre outras vítimas. Também não se sabe se há presos pelos cerca de 20 policiais da Tropa de Choque e 16 profissionais da Força de Segurança Nacional, encarregados de reprimir o protesto.

O estudante Daniel Batista, um dos organizadores da manifestação considerou arbitrária a ação policial, pois o protesto transcorria de maneira pacífica. "Desde o princípio fizemos tudo certo. Entregamos ofício ao 4º Batalhão da PM. O tempo todo negociamos, mas não houve diálogo. Cercaram os manifestantes. Fomos encurralados, quando a polícia deveria nos proteger", afirmou.

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