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O brasileiro Mário Moraessubiu no carro do norte-americano Marco Andretti. Sem feridos, o acidente foi o mais assustador da prova no circuito de rua paulista | Paulo Whitaker/Reuters
O brasileiro Mário Moraessubiu no carro do norte-americano Marco Andretti. Sem feridos, o acidente foi o mais assustador da prova no circuito de rua paulista| Foto: Paulo Whitaker/Reuters

São Paulo - Em uma corrida caótica, que chegou a ser paralisada por causa da chuva, o australiano Will Power, companheiro do brasileiro Hélio Castro Neves na Penske, venceu ontem a primeira edição da São Paulo Indy 300.

O norte-americano Ryan Hunter-Reay, da Andretti, chegou na segunda colocação, logo à frente de Vitor Meira, da A.J. Foyt, que foi o terceiro, colocando o Brasil no pódio. Raphael Matos foi o outro brasileiro de destaque, concluindo a prova na quarta posição.

O fim de semana da Indy no Brasil foi repleto de polêmicas. O treino de definição do grid de largada, inicialmente marcado para a tarde de sábado, precisou ser adiado para manhã de ontem devido a problemas na reta do Sambódromo, ponto de largada e chegada da corrida.

Os pilotos reclamaram muito das condições do piso da reta, que é feito de concreto, e não de asfalto, ao contrário do restante da pista, e chegaram a comparar o local criticado a uma pista de gelo.

A solução encontrada pela organização da prova foi lixar o piso para deixá-lo mais áspero e com maior aderência, além de fazer pequenas ranhuras no traçado para tentar evitar o acúmulo de água de uma possível chuva. As medidas foram elogiadas pelos pilotos depois do treino livre e da sessão classificatória.

O esforço para deixar a pista menos lisa poderia ser comprometido por uma fraca chuva, que começou a cair no Anhembi antes da largada e durou poucos minutos.

A largada já registrou os primeiros acidentes da prova. Vários carros deslizaram e bateram em oponentes. A batida mais grave envolveu o brasileiro Mário Moraes, que subiu no carro do norte-americano Marco Andretti.

A primeira bandeira amarela durou 22 minutos, e a relargada após ela correu sem incidentes. A batida da venezuelana Milka Duno, na 22.ª volta, provocou grande correria nos boxes. Os pilotos aproveitaram a bandeira amarela para trocarem pneus. Nos boxes, o brasileiro Tony Kanaan conseguiu ultrapassar Tagliani.

Pouco depois, a chuva começou a cair intensamente.

A pancada de água deixou a prova impraticável, inclusive criando pontos de alagamento no traçado. Rapidamente, a bandeira amarela foi agitada. O pelotão de frente foi alterado. Hunter-Reay manteve a ponta e o australiano Will Power pulou para o segundo lugar, deixando Franchitti em terceiro.

Na 35.ª volta, a direção de prova decidiu paralisar a corrida. Assim, os carros tiveram que retornar aos boxes para aguardar uma definição sobre o que seria definido.

A corrida ficou paralisada por cerca de 35 minutos e recomeçou já com a decisão de que a prova terminaria por tempo (duas horas), e não mais no número de volta previstos (75), que não poderia mais ser alcançado dentro do limite de tempo.

Hunter-Reay e Power foram para os boxes ainda com bandeira amarela para trocarem os pneus. Ainda calçado com pneus de chuva, Franchitti recuperou a liderança, mas a cedeu para o antigo líder quando foi para o pit stop. A três minutos do fim da prova, Will Power conseguiu ultrapassar o adversário e ficou com o troféu.

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