• Carregando...

Os veleiros da Regata Volta ao Mundo definitivamente não são barcos de passeio. O GloboEsporte.com visitou o Brasil 1 por dentro e por fora. Diante do pouco espaço, fica difícil imaginar como oito homens podem conviver naquele ambiente durante 22 dias ininterruptos.

Manter-se de pé na superfície do Brasil 1 imóvel sobre uma plataforma é uma tarefa delicada. Durante a prova, porém, o veleiro alcança uma velocidade de até 70 km/h, singrando ondas de sete metros de altura.

Na parte de fora, no convés, normalmente permanecem quatro tripulantes: o timoneiro, o proeiro e dois responsáveis pelo manejo das velas. Durante os momentos cruciais, como a troca de velas, todos os tripulantes são chamados para o convés para ajudar.

A proa, a parte dianteira da embarcação, é considerada pelos navegadores a posição mais perigosa. Os proeiros passam a maior parte do tempo com água pela cintura, muitas vezes com uma temperatura congelante.

Para piorar, é a parte do barco que mais sacode, e o proeiro ainda tem a função de escalar os mastros para eventuais ajustes nas velas. Por isso, costumam ser os tripulantes mais baixos e ágeis da equipe.

Os turnos de trabalho variam entre 4h e 6h de trabalho com o mesmo tempo para descanso. Descansar é algo complicado de imaginar. O local para o repouso se trata de um cubículo, preto, escuro, barulhento e, depois de dias no mar, um tanto mal-cheiroso.

A cozinha, um pequeno espaço entre as camas, é também a sala dos tripulantes. Lá, há o espaço exato para um fogão e uma pequena mesa.

As camas, oito ao todo, e nunca usadas ao mesmo tempo, são redes dispostas lado a lado, quatro em cada lado do barco. Apesar das dificuldades, o cansaço faz com que o sono venha rápido, dizem os velejadores.

Na parte mais extrema da embarcação, fica o navegador, diante de dois computadores portáteis. Como vizinho, o navegador tem o banheiro e o lixo do barco.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]