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Marcelinho e Baier ditam o ritmo do Atletiba

Líder, capitão, referência, ídolo. Sobram adjetivos para definir a importância de Marcelinho Pa­­­raíba e Paulo Baier para Coritiba e Atlético, respectivamente.

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E o Atletiba do centenário rubro-negro?

Coritiba e Atlético fazem hoje, no Couto Pereira, o último Atletiba do Centenário coxa-branca. Até aqui, em três confrontos, os alviverdes podem se orgulhar de não terem per­dido para o rival no seu aniversário mais significativo.

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Ao longo da semana, a Ga­­zeta do Povo publicou de­­­­­­­poimentos de torcedores so­­bre a rivalidade do Atletiba. Pes­­­­­­­­soas com diferen­­tes graus de afinidade, apai­­­­­xonadas pelos seus clubes, an­­­­siosas pelo clássico e pela chance de tirar sarro do adversário. Tudo com muito bom humor e em harmonia, mas sem recorrer à violência.É este espírito que se espera, hoje, das duas tor­­­­­cidas. Neste ano, difícil um dia de futebol em Cu­­­­­­ritiba sem brigas e de­­­predação nas cercanias de terminais e estações tubo. Nem aquele curitibano que não vai ao estádio, mas quer apenas curtir um domingo com a família, se sente seguro para circular pela cidade.

Reflexo direto da violência de vândalos que usam o futebol como des­­culpa para danificar o pa­­­­­trimônio público, agredir torcedores de outros times, acertar contas de rixas que nada têm a ver com o esporte e espalhar o medo pela cidade.

Mas também consequência de um jogo de empurra, em que ou não se reconhece o problema, ou se passa a responsabilidade para terceiros.

É necessária uma a­­­­ção conjunta e imediata para evitar que continuem as depredações e agressões ou até aconteça algo pior, como a morte de alguém, por causa de um jogo de futebol.

Da imprensa, es­­­­­­­­­­­­­pera-se a cobrança e o apoio a iniciativas do poder público, clubes e torcedores que reduzam a violência. Aos clubes, cabe a exigência firme – inclusive com ameaça de restrições – de ações das organizadas para garantir o bom comportamento de seus associados e a identificação dos mais violentos. Ao poder público, dar garantias de segurança para necessidades básicas da população, como transporte e o direito ao lazer.

A mudança maior que se espera é na cabeça do torcedor. Tanto de res­­­­­peito ao patrimônio público e privado, como ao direito que todos têm de escolher um time. É inadmissível a diferença de preferência clubística servir de pretexto para a violência.

Afinal, como mostramos ao longo de toda a se­­mana, os torcedores po­­­­­­­dem até ser rivais. Mas nunca inimigos.

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Inesquecível

Ao longo da semana, torcedores de Coritiba e Atlético enviaram para a Gazeta do Povo histórias de Atletibas marcantes no Alto da Glória, palco mais tradicional do nosso principal clássico. A editoria de Esportes escolheu as duas melhores, uma de cada lado.

"14/03/71. Estádio Couto Pereira. Domingo de sol, estádio lotado até o ultimo lugar. Um Atletiba que jamais eu sonhava que iria ver. Um verdadeiro espetáculo. O Coxa começou ganhando, dando show. Mas eis que de repente, como em um passe de mágica, o Atlético virou o jogo para 3 a 4 e ficamos pasmos, não acreditando no que estávamos assistindo. Acabou o jogo com a vitória do Atlético e aconteceu algo que ficou para sempre na minha memória. De repente começaram a aplaudir as equipes, e inclusive eu aplaudi de pé a atuação dos dois times. Foi fantástico. Saímos de lá e fomos tomar cerveja para comemorar mesmo na derrota e brindar o grande espetáculo de futebol que tínhamos acabado de ver."

Pedro Girardi.

"Sou atleticano desde 77 (meu nascimento), e meu Atletiba inesquecível foi o do dia 16/04/95, o qual meu time perdeu de 5 a 1. Este clássico foi inesquecível, pois foi neste jogo que o Atlético mudou sua história, e que também ouvi, mesmo estando aos prantos, o presidente Petraglia dizendo "a partir desta data, o Atlético mudará sua história". Foi a partir daí, que veio a nova Baixada, os títulos, os craques e as alegrias. Respeito muito o Coxa, mas a cada glória deles, a nossa é em dobro".

Cesar Augusto Ferreira Jorge.

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Rivais, não inimigos

"Minha tia, irmã do meu pai, torce para o Atlético. Então essa história de irmãos com times rivais é bem antiga. Tenho uma foto, eu tinha uns dois anos, com a camiseta do Coritiba, mas quando eu fiz cinco, fui atrás do meu irmão mais velho, rubro-negro. A gente se dá muito bem, eu queria parecer com ele. Alguns amigos já me confundiram com meu irmão gêmeo e pensaram que eu tinha virado coxa. Quem perde o Atletiba chega em casa quietinho, quase escondido, procurando entradas alternativas para evitar as piadas."

Luciano Malaquias Gumy, 27 anos, advogado.

"Segui meu pai. Ele me levava aos jogos, foi assim que aprendi a amar o time. Como meu irmão gêmeo (idêntico) é rubro-negro, já fui com ele no estádio. Para a gente poder ficar junto, eu ficava na torcida do Atlético. Mas o coração sempre foi alviverde. Essa diferença entre nós foi importante para definir nossa identidade, o futebol tem tudo a ver com isso. E é claro que já fomos confundidos. Uma amiga viu uma foto do Luciano na internet e veio tirar satisfação comigo, achou que eu tinha mudado de time."

Rafael Malaquias Gumy, 27 anos, adestrador de cães.

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