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O tênis brasileiro viveu na última segunda-feira um momento histórico. Pela primeira vez em nove anos, o país não tem representante entre os cem primeiros do ranking mundial da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP). Uma marca negativa que atestou o fracasso em aproveitar a ascensão de Gustavo Kuerten, tricampeão de Roland Garros e ex-número um do mundo, e que mereceu a reflexão de especialistas.

- Obviamente, isso acontece um pouco pela falta de renovação - disse Dácio Campos, comentarista de tênis do SporTV, por telefone. - Além disso, houve um acidente, que foi a lesão do Guga, o Ricardo Mello teve uma certa dificuldade para manter um ritmo de estar entre 50 do mundo e o Flávio Saretta teve dificuldades pessoais. Mas eles podem voltar numa boa.

Para Dácio, há esperança além do trio Guga-Mello-Saretta.

- Tem o Marcos Daniel, o André Sá. Se eles pegarem um bom torneio, acabam pulando no ranking. Chegar entre os cem não é problema. O problema é se manter.

Narck Rodrigues, companheiro de Dácio no SporTV, não é vê o futuro com olhos tão otimistas.

- Acho que o Guga ainda pode voltar aos cem do mundo, o Ricardo Mello e o Saretta também. Mas, além disso, a gente não tem alguém despontando com bons resultados no juvenil. Do jeito que as coisas estão, acho que vamos viver uma entressafra - afirmou, por telefone.

Narck, porém, faz uma resalva.

- O tênis é muito cíclico. Por exemplo, o Ricardo Mello tem 24 anos. Daqui a quatro anos, ele vai ter 28, ainda pode estar jogando em alto nível e, aí, pode surgir outro brasileiro que hoje tem 15 anos e despontar.

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