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No Ceará, Murilo segue vinculado a Aquilino

Mesmo longe do Paraná, o lateral-direito Murilo, atualmente no Ceará, continua com parte dos direitos econômicos vinculados ao presidente paranista licenciado, Aquilino Romani.

"O presidente investiu na permanência do Murilo em 2008, quando discutimos a renovação dele com a equipe. O Paraná não dispunha e ele entrou com o valor necessário. Depois que o jogador saiu, não quis deixar o Aquilino sem nenhuma parte", explica empresário do jogador, Gianfranco Petruzziello.

O atleta deixou o Tricolor no início do ano. A transferência, contudo, não rendeu dinheiro ao clube. "O contrato dele vencia em abril deste ano e fizemos um acordo para liberá-lo antes. Ninguém ganhou nada", conta Petruzziello.

Na quarta-feira, ao anunciar seu afastamento, Romani havia afirmado que o investimento em Murilo era "dinheiro perdido". No entanto, em uma eventual venda do jogador, o mandatário terá direito a uma parcela que poderá cobrir o dinheiro aplicado anteriormente (cifras não reveladas).

O lateral está na reserva do clube cearense, integrante da Série A nacional e classificado para as quartas de final da Copa do Brasil. Além de Murilo, Romani também possui participação nos direitos do volante Luiz Camargo, atual capitão do time paranista.

Adriano Ribeiro

Dois times e jogos dia sim, dia não por competições diferentes. Ao que tudo indica, essa será a realidade do Paraná em 2012. Tudo por causa do rebaixamento no Estadual, sacramentado no fim de semana passado após o empate por 2 a 2 com o Ara­­pongas.

Se o clube não conseguir reverter a queda na Justiça Desportiva (aguarda o julgamento do Rio Branco por uso de jogador irregular), terá de acumular duas competições simultaneamente, já que a Federação Paranaense de Futebol (FPF) é enfática ao dizer que o calendário da Série Prata do ano que vem não irá mudar.

Tradicionalmente, a Divisão de Acesso começa apenas em maio, exatamente na mesma época de início do Brasileirão das séries A e B. Ou seja, mesmo que consiga o acesso na competição nacional, o Paraná sofrerá com o conflito de datas.

Para os dirigentes da FPF vai restar ao Tricolor montar dois times diferentes para disputar as competições. "O calendário vai continuar o mesmo. Temos uma programação definida para as três divisões e não tem como mudar", diz o presidente da entidade, Hélio Cury.

"Tudo segue normal como sempre foi. O Paraná vai ter de mesclar atletas e ter uma boa equipe de base para administrar essa situação", reforça o vice-presidente da FPF, Amilton Stival.

O calendário é apenas um dos problemas que surgem no futuro do Tricolor. As dificuldades financeiras, já existentes no clube, tendem a aumentar sem o dinheiro pago atualmente pela televisão – cerca de R$ 800 mil.

"Ano passado deu para pagar tudo sem deixar dívidas, mas agora estamos com dificuldades. Ainda não fechei a folha que preciso", conta o presidente do Serrano, Valdir Canini, que foi obrigado a reduzir o custo de departamento de futebol praticamente pela metade depois do rebaixamento do clube em 2010.

Outros fatores agravantes na crise tricolor são os baixos públicos e rendas que caracterizam a Série Prata. No ano passado, por exemplo, a média nas partidas da Segunda Divisão foi de apenas 889 pagantes.

"Dependemos dos patrocínios e, às vezes, temos mesmo que botar a mão no bolso", diz João Otávio Si­­mões, vice-presidente do São José, clube que em 2010 teve como maior público em casa apenas 52 pagantes.

Para chamar a atenção dos torcedores, a equipe da região me­­tropolitana apostou nas contratações de medalhões como o lateral Luisinho Netto (ex-Atlético) e os volantes Mozart (ex-Coritiba) e Perdigão (ex-Inter).

No ano que vem, Simões não espera um duelo contra o Tricolor na Segundona. "A ideia não é encontrar o Paraná e sim substituí-lo na Primeira Divisão", diz, otimista, o dirigente.

Tapetão

O julgamento que surge como último recurso paranista para evitar o rebaixamento deve ocorrer na próxima semana. Segundo o presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR), Peterson Morosko, o processo q ue julga o Rio Branco pela escalação irregular do meia Adriano tende a ocorrer na terça-feira. O jogador foi registrado de forma errada e o time do litoral corre o risco de perder até 22 pontos no Paranaense, o que favorece diretamente o Tricolor. Em primeira instância, a equipe parnanguara recebeu uma multa de R$ 27,5 mil.

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