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Após trauma de queimar a largada no último Mundial, Usain Bolt assegura ouro sob chuva | Fabrizio Bensch/ Reuters
Após trauma de queimar a largada no último Mundial, Usain Bolt assegura ouro sob chuva| Foto: Fabrizio Bensch/ Reuters

Outras finais

O russo Aleksandr Ivanov, de apenas 20 anos, levantou a torcida no Estádio Luzhniki ao conquistar ontem o ouro na marcha atlética de 20 quilômetros no Mundial de Moscou. Foi a primeira medalha dos anfitriões nesta edição da competição.

Já a norte-americana Brittney Reese se sagrou tricampeã no salto em distância.

Entre os brasileiros, destaque para o sexto lugar de Carlos Chinin no decatlo. O paulista brigou até o fim por uma medalha. O americano Ashton Eaton, superfavorito, conquistou o ouro.

Usain Bolt não tem problemas com a chuva – antes de bater seu primeiro recorde mundial, em 2008, um temporal de duas horas desabou em Nova York. Ontem, no Estádio Luzhniki, um aguaceiro caiu bem no momento da largada para os 100 metros, e o ‘raio jamaicano’ não se importou. Fez a largada atrás do norte-americano Justin Gatlin, chegou no rival na metade da prova e venceu com 9s77, seu melhor tempo no ano.

Deixou para trás, definitivamente, a frustração de Daegu, quando queimou a largada na final e foi eliminado.

Mais rápido que Bolt este ano, houve apenas Tyson Gay, com 9s75 – mas assim que a sua suspensão por doping for efetivada a marca desaparecerá.

A série de casos positivos, que também atingiu os velocistas jamaicanos, não derrubou o nível da prova dos 100 metros como poderia se supor. Gatlin foi prata com 9s85. O jamaicano Nesta Carter fez 9s95. E a série semifinal foi a mais forte de todos os tempos – sete velocistas, com exceção do francês Christophe Lemaitre, correram abaixo dos 10 segundos.

Antes da largada Bolt voltou a agir como o esperado, com várias brincadeiras. Quando teve o nome anunciado pelo sistema de som, fez uma mímica, como se estivesse primeiro abrindo um guarda-chuva e, depois, estivesse embaixo dele, protegido da água. Uma postura bastante diferente da apresentada no sábado, quando chegou muito sério à pista para as eliminatórias.

Bolt negou que tenha ido à Rússia sob a pressão de "salvar" a prova dos 100 metros, diretamente afetada pelo doping de Gay e de seu compatriota, Asafa Powell. "Você só sente a pressão se quiser. Eu não me coloco pressão nenhuma. Sei o que quero e o que as pessoas querem. E depois, se ganhar ou perder, ficarei feliz porque sei que fiz o melhor."

O recordista mundial, que não fez promessas sobre suas próximas provas em Moscou – os 200 m e o revezamento 4 x 100m –, disse que também não se importa com as estatísticas. Caso ele vença essas duas provas dividirá com Carl Lewis e Michael Johnson o posto de maior medalhista da história dos mundiais, com 10 pódios – tem seis ouros e duas pratas em quatro edições disputadas.

Para Bolt, continuar a vencer obedece a uma lógica simples. "Quero me tornar memorável", disse ele, que se autointitulou uma "lenda" em Londres após o segundo tricampeonato olímpico. "Quero ser um dos grandes, como Pelé, Maradona, Michael Jordan, Muhammad Ali. Quero ser lembrado como eles são. Esse é o meu objetivo, por isso quero continuar vencendo."

Na final, Isinbayeva nega adeus

A aposentadoria de Yelena Isinbayeva (foto ao lado) foi um erro de interpretação da imprensa internacional – pelo menos, essa foi a justificativa dada pela russa após a qualificação do salto com vara, em que garantiu ontem a vaga na final de amanhã no Mundial de Atletismo.

A recordista mundial garante que abandonará o atletismo apenas momentaneamente porque em 2014 quer ter um filho. Depois, seu trabalho será retomar a forma para voltar a competir. "Meu objetivo agora é ser mãe, mas quero muito competir na Olimpíada no Rio", declarou a russa. "O clima em 2016 será incrível, fico imaginando a cerimônia de abertura, com as músicas brasileiras, o samba. Definitivamente, quero muito estar lá."

Fabiana Murer, atual campeã mundial, também está na final, apesar de ter conseguido sua marca apenas na última chance. A brasileira negou que tivesse tido problemas na prova. "Pelo contrário, eu estava muito bem, tanto que a vara ficou muito flexível no primeiro salto. No segundo, fiz o ajuste do poste. Sabia que passaria no terceiro."

A brasileira, atual campeã, falhou em suas duas primeiras tentativas até garantir a classificação com um salto de 4,55 metros. A dificuldade lembrou o que aconteceu nos Jogos de Londres, quando a saltadora teve seu desempenho atrapalhado pelo vento. Na ocasião, ela acabou sendo eliminada na fase de classificação, protagonizando uma das decepções brasileiras na Olimpíada.

Isinbayeva, por sua vez, não decepcionou a torcida local e saltou 4,55 metros com tranquilidade para chegar à final.

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