Real Madrid de volta ao topo

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Acabou de forma doce a era dos "galácticos" no Real Madrid. De virada, o time venceu, em casa, o Mallorca por 3 a 1 e conquistou o seu 30.º Campeonato Espanhol.

Até os 35 minutos do segundo tempo o título estava nas mãos do Barcelona, que goleava o Gimnàstic enquanto o clube da capital empatava com o Mallorca, isso depois de sair perdendo – gol marcado por Varela.

Mas uma cabeçada forte de Diarra abriu o caminho para a virada e o título. Os dois maiores rivais espanhóis acabaram com os mesmos 76 pontos. O Real ficou com o título por ter a vantagem no confronto direto.

A partida marcou a despedida de Roberto Carlos, que vai para o turco Fenerbahce, e Beckham, de partida para o futebol dos EUA. Eles eram os últimos remanescentes do grupo que ganhou o apelido célebre e acumulou fracassos – o time não ganhava nada de importante desde a temporada 2002/ 2003.

E o jogo de ontem simbolizou bem a passagem de bastão.

Sem o vigor físico do passado, Roberto Carlos teve atuação discreta. No fim, era um dos mais emocionados – e cumprimentados – na festa pelo título, presenciada pelo tenista Rafael Nadal e pelo ator Tom Cruise.

Beckham ainda acertou uma bola na trave, mas só depois que foi substituído, aos 21 minutos do segundo tempo, o Real encontrou o caminho do gol.

Reyes, 23, justamente o substituto do inglês, foi o herói da taça ao marcar duas vezes. O gol de empate deu uma boa amostra do novo Real Madrid.

A jogada começou com Robinho, 23, que só jogou depois de uma batalha nos bastidores entre o clube e a CBF, que exigia sua presença nos treinos da seleção brasileira. Ele tocou para o atacante argentino Higuaín, 19, que serviu a Reyes.

A renovação foi um processo iniciado pelo técnico italiano Fabio Capello, que chegou a ter sua demissão cogitada depois da eliminação na Copa dos Campeões e um primeiro turno irregular no Espanhol.

Foi ele o responsável pela saída de Ronaldo, outro símbolo galáctico. Capello nunca escondeu sua insatisfação com o atacante brasileiro – antes dele o Real já havia perdido o francês Zidane e o português Figo.

Na disputa contra o rebaixamento, o Athletic Bilbao, que nunca caiu, conseguiu se safar ao vencer o Levante. Celta, Real Sociedad e Gimnàstic foram os condenados à Segunda Divisão.