Recall flagra dois medalhistas olímpicos

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Lausanne - Ao anunciar na terça-feira a descoberta de sete novos casos de doping na Olimpíada de Pequim, envolvendo seis atletas, o Comitê Olímpico Internacional (COI) não divulgou os nomes e nem as modalidades dos flagrados. Mas quatro deles foram confirmados oficialmente ontem, sendo que dois foram medalhistas olímpicos.

O meio-fundista Rashid Ramzi, do Bahrein, ganhou ouro nos 1.500 metros, enquanto o ciclista italiano Davide Rebellin foi prata na prova de estrada. Agora, ambos correm risco de perder a medalha caso o resultado da contraprova também seja positivo. O ciclista alemão Stefan Schumacher e a dominicana Yudelquis Contreras, do levantamento de peso, foram os outros nomes confirmados.

Todos foram flagrados nos novos exames realizados pelo COI em janeiro, ainda com as amostras colhidas durante a Olimpíada, que apontaram a presença da Cera, um hormônio que é uma evolução da EPO e só foi descoberto recentemente. Por isso, a entidade refez 948 dos cerca de 5 mil testes de Pequim.

Descoberta no ano passado, a Cera é uma versão moderna da EPO, cujo tempo de duração no organismo é cerca de três vezes maior. O objetivo dessa droga é aumentar a produção de glóbulos vermelhos, melhorando a oxigenação do sangue, o que beneficia principalmente os atletas das provas de resistência, como corrida e ciclismo.

Nascido no Marrocos, há 28 anos, Ramzi ganhou a cidadania do Bahrein em 2002. Colecionou diversas conquistas até chegar ao auge em Pequim, quando foi campeão olímpico. Rebellin já foi suspenso provisoriamente pelo Comitê Olímpico Italiano até que seja realizada a contraprova. Tem 37 anos, completados justamente no dia 9 de agosto, quando ganhou sua medalha olímpica.