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Marquinhos Santos ainda espera reforços para fechar o elenco | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Marquinhos Santos ainda espera reforços para fechar o elenco| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Marquinhos Santos tem uma condição invejável e um desafio imenso em 2015. A condição invejável é o contrato de duas temporadas com o Coritiba, inferior apenas aos três anos de Tite com o Corinthians. O desafio é remontar um time que perdeu o ídolo, referências técnicas e tem pouca capacidade de investimento imediato. Tudo somado à ânsia da nova diretoria de ter um título estadual à pronta entrega para o torcedor.

Por isso os dez dias da pré-temporada em Atibaia, que se encerra hoje, ganham importância extra para o treinador. Foi nesse período que Marquinhos começou a por em prática o planejamento para fazer o Coritiba suportar a longa e exigente temporada de Campeonato Paranaense, Copa do Brasil e Brasileiro. Um caminho que ele traça nesta entrevista exclusiva à Gazeta do Povo.

Qual sua avaliação da pré-temporada? Muito boa, bem controlada e aproveitada desde a apresentação. Nesse curto período os atletas buscaram uma evolução, não só física, mas também técnica e entendendo a filosofia tática de jogo. Isso me deixou muito feliz, pela entrega dos atletas.

Você falou que espera dois ou três reforços. Quando terá esse elenco completo? O ideal sempre é na pré-temporada já ter um grupo formado para ganhar tempo, ritmo, entender a filosofia do treinador. Mas sabemos das dificuldades, as negociações demoram um tempo e por conta disso eu acredito que para essa semana, no máximo semana que vem, esses 2, 3 atletas já possam estar junto do grupo.

Você tem uma expectativa de dar uma regularidade para o Vaná?

Sim. O Vaná, o Willian e o Samuel são jogadores que vinham trabalhando muito forte e merecem essa oportunidade. O Vaná é um atleta que eu conheço desde os 14 anos. Sei do potencial, da segurança, e também é muito bom com os pés. No futebol moderno, o goleiro tem de ter esse perfil e o Vaná tem muita qualidade para ser ou jogar como falso líbero. Nesse início como camisa 1 cria-se uma expectativa. Esperamos que ele possa corresponder porque se trata de um grande goleiro, não só para o clube, mas para o futebol brasileiro.

Em um treinamento você chegou a escalar João Paulo, Rosinei, Hélder e Cáceres no meio. É injusto dizer que é um time com quatro volantes?

É incorreta a terminologia. O Cáceres é um meia que atuou muito com essa função no Cerro Porteno e no Vitória. O perfil dele não é de um volante. O Rosinei, no Atlético-MG e no Coritiba comigo ano passado, atuava aberto pela direita como meia de transição. O Helder e o João [Paulo] já possuem características de jogar por trás da linha da bola, de atuar em uma linha defensiva. Até o próprio Pedro Ken e o Alan Santos são jogadores com maior qualidade de jogo e que chegam a todo momento pisando na área adversária como elemento surpresa ou causando um desequilíbrio tático.

Está sendo mais difícil montar o time agora do que foi em 2013?

Em 2013 houve uma continuidade e eram jogadores mais experientes, com o perfil um pouco diferente. Não teve de mexer tanto. Esse ano nós trouxemos jogadores mais jovens, com perspectiva promissora, e baixamos a faixa etária. Isso nos traz uma esperança de montar um time mais leve, mais solto, e que tenha essa característica ao longo do ano. Mas com certeza o trabalho é maior do que foi em 2013.

O Coritiba jogará o Estadual com o time principal. Como evitar que, no meio do ano, o time arrebente fisicamente?

Dentro do próprio Estadual nós vamos revezar, rodar a equipe para que todos entendam a filosofia de jogo, participem e tenham essa evolução. Nós não optamos em colocar o sub-20 ou mesmo o sub-23 para que dentro do Estadual nós tenhamos a possibilidade de um encaixe do padrão do jogo. Não significa que vamos iniciar e terminar a competição com o mesmo time. Vamos monitorar para ir utilizando o Paranaense para entrar forte na Copa do Brasil e Brasileiro.

Qual o tamanho da segurança de ter dois anos de contrato em um mercado instável como o nacional?

Isso demonstra uma seriedade e o que a diretoria do Coritiba pretende, o trabalho de médio a longo prazo, sabendo das dificuldades que há nesse início de reformulação. É importante não só para o clube, para o Marquinhos Santos, mas demonstra no futebol brasileiro uma quebra de paradigma.

Qual a sua expectativa para o Paranaense?

Eu torço e fico na expectativa de que em cada ano o futebol paranaense se torne mais competitivo, mais qualificado, mais equipes briguem pelo título. O Coritiba sempre entra como um dos favoritos, por ser uma grande equipe do estado e estar disputando a Série A do Brasileiro. Nesse início de temporada, pelo número de contratações, sempre vai ter responsabilidade de buscar o título.

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