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Há 18 anos, Robson Caetano batia o recorde sul-americano da prova mais rápida e nobre do atletismo: os 100m rasos. Com os 10s que fez no dia 22 de julho de 1988, na Cidade do México, obteve uma marca que nenhum brasileiro chegou perto mesmo depois de quase duas décadas.

- Culminou de um trabalho muito longo. Comecei em 78 e demorei dez anos para chegar na marca. Queria fazer o melhor resultado da minha vida - conta Robson, que tinha 23 anos na época. Hoje, trabalhando como comentarista na TV Globo, o ex-atleta garante que correu a prova em 9s99, mas culpa os mexicanos pela falha.

Mas sendo 10s, como registra a Federação Internacional de Atletismo (Iaaf), ou 9s99, por que ninguém conseguiu chegar nem perto do recorde aqui no Brasil?

Se comparados com o recorde mundial, a disparidade é maior ainda. Justin Gatlin (EUA) e Asafa Powell (JAM) brigam para baixar os 9s77. Em 88, Robson ficou a sete centésimos do melhor tempo, 9s93.

A melhor marca brasileira neste século é de Vicente Lenílson. Em 2004, fez 10s13, quinto melhor tempo do país. Uma semana antes, Jarbas Mascarenhas fez 10s18. E só.

- Correr abaixo dos 10s é uma meta minha para o Pan - diz Lenílson, lembrando do torneio no Rio.

O segundo melhor tempo da história é de André Domingos, há sete anos. Em Bogotá (COL), ficou a seis centésimos de Robson.

- Eu estava preparado até para ficar abaixo do recorde, mas não larguei bem. Era um dia especial, estava concentrado, preparado e vinha de bons resultados - conta o paulista, medalha de prata no revezamento 4x100, em Sydney-2000.

E é justamente o revezamento uma das razões apontadas por quem entende do assunto para dar uma boa explicação.

- Começamos a dar muita ênfase aos revezamentos, a prova individual ficou um pouco de lado - disse Caetano. E o que você fez, Robson?

- Tive a sorte de treinar com uma técnica que era psicóloga. Hoje em dia, a maioria não se preocupa com isso, pois há muitos recursos tecnológicos - conta Caetano, que mostra que se os rivais não têm o que comemorar, ele tem. E muito.

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