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César Cielo foi um dos destaques do último dia de disputa do Troféu Maria Lenk ao completar os 100 metros nado livre  apenas sete centésimos abaixo de sua melhor marca | Satiro Sodre/CDBA
César Cielo foi um dos destaques do último dia de disputa do Troféu Maria Lenk ao completar os 100 metros nado livre apenas sete centésimos abaixo de sua melhor marca| Foto: Satiro Sodre/CDBA

Cresce a expectativa pelo mundial da Itália

O Troféu Maria Lenk foi repleto de grandes e históricos momentos para a natação brasileira. O maior deles, sem dúvida, foi a quebra do recorde mundial nos 50 metros peito por Felipe França, paulista de 21 anos, que cravou 26s89 e rendeu até uma placa em sua homenagem, inaugurada ontem ao lado da piscina do Parque Aquático Maria Lenk.

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Rio - Henrique Barbosa e César Cielo, mais uma vez, foram os destaques do último dia de competições do Troféu Maria Lenk, o Campeonato Brasileiro de Natação, que se realizou no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro. Ontem, eles conquistaram a medalha de ouro nas provas dos 100 metros peito e 100 metros livres, respectivamente, com novos recordes sul-americanos.

Henrique, em especial, brilhou ao fazer novamente o melhor tempo do mundo no ano com 59s03, ficando a pouco mais de um décimo do recorde mundial (58s91, do japonês Kosuke Kitajima). Recordista mundial nos 50 metros peito, Felipe França ficou em terceiro na prova.

"Nunca sonhei em estar tão próximo desse recorde. Quebrá-lo, mais do que um sonho, virou um desejo", comemorou Henrique, que se disse surpreso com sua performance numa prova disputada pela manhã. "Eles anteciparam em meia hora o início da competição, o que dificultou ainda mais".

Cielo também parecia ao mesmo tempo esfuziante e estupefato com o seu feito. Ele completou os 100 metros nado livre em 47s60, sete centésimos abaixo de sua melhor marca, conquistada nos Jogos de Pequim no ano passado.

"Até agora não entendi direito o que fiz", confessou o campeão olímpico nos 50 metros livre. "Fazer um tempo como esse tão cedo é surpreendente. Me assustei comigo mesmo. É um recado para os meus adversário no Mundial (de Roma, em julho)".

Tanto Henrique quanto Cielo enfrentam, agora, a responsabilidade e a pressão de entrarem como grandes favoritos para suas respectivas especialidades no Mundial. Ambos estão confiantes que os resultados serão ainda mais expressivos e confiam fortemente que irão brigar por medalhas, quem sabe de um intenso brilho dourado, e talvez até por recordes mundiais.

"Minha ambição para o Mundial muda completamente com o desempenho que tive no Maria Lenk", disse Cielo. "Se neste começo de temporada estou fazendo estes tempos, tenho certeza de que irei nadar muito mais rápido em Roma. Quero fazer na casa dos 20 segundos baixo (nos 50 metros livre)", antecipou Cielo, que irá priorizar as provas dos 50 e 100 metros livres e os revezamentos 4 x 100 m livre e 4 x 100 m medley na capital italiana.

Henrique, por sua vez, irá se concentrar nos 100 e 200 metros peito, sua especialidade. As metas também não são nada modestas. "Quero ganhar o ouro. O recorde mundial (nos 100 m peito), se vier, será um belo bônus", disse o nadador, que treina fora do Brasil há sete anos – cinco nos Estados Unidos e dois na França.

Segundo Henrique, a confiança se justifica, já que vem gradativamente reduzindo suas marcas pessoais. O desempenho no Brasileiro foi muito celebrado. "Estou numa constante muito boa, abaixando meus tempos seguidamente. Foi uma grata surpresa minha performance neste campeonato".

O torneio carioca consolidou a seleção brasileira que disputará o Mundial em Roma. Em relação a 2007, a edição anterior do campeonato, o time aumentou em 80%. De 15 participantes em Melbourne, serão 27 na Itália – 17 homens e 10 mulheres.

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