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O atacante Emersonfoi apresentado oficialmente como reforço do Corinthians, nesta terça-feira, em um dia no qual veio à tona um assunto delicado sobre a sua real identidade. Já envolto em outras polêmicas que resultaram em sua saída do Fluminense, que o dispensou há menos de um mês, o jogador foi questionado sobre o fato de ter sido condenado, anteriormente, por falsidade ideológica.

Uma reportagem publicada nesta terça pelo jornal Diário de S. Paulo noticiou que o jogador falsificou a sua identidade para ingressar nas categorias de base do São Paulo. O nome de batismo do atleta é Marcio Passos de Albuquerque, cuja data de nascimento é 6 de dezembro de 1978. Porém, com o objetivo de ter uma oportunidade no clube do Morumbi, em 1995, a mãe do atacante adulterou a data que ele nasceu para o dia 6 de setembro de 1981 e modificou o nome do mesmo para Marcio Emerson Passos.

Ao ser lembrado sobre o problema logo no início da entrevista coletiva que concedeu no CT Joaquim Grava nesta terça, Emerson não escondeu o constrangimento com a situação e rebateu: "Isso aconteceu há muito tempo e todas as medidas possíveis foram tomadas também há muito tempo. Agora está tudo resolvido, acabado. No início da minha carreira houve esse erro. Tive uma inscrição aqui no São Paulo, depois foi desfeito e fui inscrito com meu nome verdadeiro".

Segundo a reportagem publicada pelo Diário de S. Paulo, que teve acesso ao processo que condenou Emerson por falsidade ideológica após ele ser detido no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio, em 2006, o jogador usou a identidade adulterada para tirar documentos como passaporte e título de eleitor. Na ocasião de sua prisão, ele foi barrado pela polícia quando tentava embarcar para o Catar, onde atuou por cinco temporadas no futebol do país.

Emerson tentou colocar um ponto final no assunto por várias vezes na entrevista coletiva, mas foi lembrado do mesmo com frequência, fato que o irritou. "Há cinco anos isso já está resolvido. Você quer que eu fique explicando? Não vou explicar", respondeu a um repórter.

O diretor de futebol do Corinthians, Roberto Andrade, também se negou a comentar a polêmica que envolve o novo reforço do clube. "Como o Emerson disse, isso foi um caso de dez anos atrás (na verdade cinco), e o Corinthians não tem nada a dizer sobre isso. Contratamos o Emerson em 2011", encerrou.

Por causa do processo de falsidade ideológica, Emerson foi condenado a três anos e nove meses de prisão. Porém, como ele era réu primário e menor de idade, a pena foi convertida no pagamento de uma multa de R$ 70 mil e na prestação de serviços comunitários durante 18 meses. E, segundo uma última decisão do tribunal que o condenou, tomada no dia 10 de novembro do ano passado, ele deveria comparecer ao Complexo Desportivo da Rocinha, dentro de um prazo de cinco dias a partir daquela data, para a "realização de atividades desportivas e recreativas" com crianças daquela comunidade.

"Eu faço a prestação de serviço com o maior carinho, que é um projeto do (judoca) Flávio Canto, que todo mundo conhece. Tenho que cumprir algumas horas. Agora, como vim para São Paulo, os advogados estão mudando isso para eu poder ficar mais tempo no clube", explicou Emerson, de forma reticente.

OUTRA POLÊMICA - Além de ter ficado uma boa parte da entrevista coletiva se explicando sobre o processo de falsidade ideológica em que se envolveu, Emerson ainda precisou falar sobre o fato de ter saído do Fluminense depois de um episódio polêmico. Ele acabou dispensado pelo clube após ser acusado de cantar o funk "Bonde do Mengão", fato que teria ocorrido dentro do ônibus do time tricolor.

"Na verdade eu não cantei o bonde. Eu cantei uma música que tem uma parte da música do bonde. Muita gente cantou, não tem nada demais com o Flamengo. É o ritmo do Rio, o funk", desconversou o atleta.

Para completar, Emerson garantiu que não se arrependeu das duras críticas que fez ao Fluminense após ser dispensado pelo clube e confirmou que irá comemorar gol contra qualquer adversário que enfrentar. Ele falou sobre o assunto depois de ter dito anteriormente que dará uma cambalhota quando fazer um gol sobre o Fluminense.

"O gol é um momento mágico do futebol, por que não daria (a cambalhota) contra Fluminense? Daria contra o Fluminense e contra qualquer outro clube", opinou, para depois tentar encerrar mais esta polêmica. "Eu quero falar do Corinthians. Flamengo, Fluminense, Rio de Janeiro, isso já passou. Eu quero dar um ponto final e falar de Corinthians", pediu.

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