Reforço não resolve falta de homem-gol

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Sai Cristiano. Entra Josiel. Depois de ver o empréstimo do artilheiro do time no último Brasileiro, com 11 gols, se complicar graças a uma proposta tentadora do futebol turco ao J. Malucelli, o Paraná arregaçou as mangas e garantiu um substituto.

Ontem, o clube apresentou Josiel da Rocha, de 26 anos, que estava no Brasiliense. O jogador de 1,74 m concedeu uma rápida entrevista coletiva na sala de imprensa da Vila Capanema e em seguida treinou pela primeira vez com os novos companheiros.

Formado nas categorias de base do Internacional de Santa Maria-RS, ele começou a se destacar no Juventude, em 2005, quando en trou no time no meio do campeonato e marcou seis gols.

Peça de velocidade no elenco, o terceiro reforço para o ataque – primeiro vieram Lima (J. Malucelli) e Vinícius Pacheco (Flamengo) – aumenta o número de opções de Zetti, mas o treinador deverá enfrentar o mesmo problema de seus antecessores, Barbieri e Caio Júnior: a falta de uma referência na área.

A definição do próprio atleta mostra que o perfil é outro, semelhante ao de Cristiano, de muita mobilidade e maior aptidão na armação do que na finalização das jogadas. "Sou um jogador de velocidade, de força, e bastante dedicado. Posso ajudar na marcação", indicou o gaúcho de Rodeio Bonito, aparentemente bastante motivado, que assegurou também ter uma certa presença de área.

Indagado se poderia assumir a responsabilidade de fazer os gols que a dupla de frente anterior ficou devendo, mostrou algum receio, mas lembrou o óbvio, que balançar as redes é obrigação de quem atua na posição.

Contratado por três anos, Josiel admitiu que a Libertadores e a Série A foram fundamentais para fechar com o Paraná. "É a realização de um sonho jogar em um time de grande porte e poder disputar uma Libertadores", falou.

O atacante teve 60% dos seus direitos federativos comprados pelo fundo de investimento do Tricolor por cerca de R$ 150 mil. No acordo, o clube ainda teria a preferência para adquirir os 40% restantes durante o ano.

Segundo o vice-presidente de futebol paranista, José Domingos, a prioridade do time agora é um meia de armação. Ainda ontem à noite seria realizada uma reunião com um atleta – que poderia ser Marquinhos, que passou pelo clube em 2003.

Se o encontro não desse frutos, outros dois nomes estariam na mira do Tricolor. Um deles viria do exterior e já teria acertado as bases salariais. Outro, que poderia ser Fernandinho, também com passagem pela Vila Capanema, teria possibilidades remotas.