Remanescentes assumem identificação com o Paraná e falam em acesso

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Muito se fala no novo desmanche sofrido pelo Paraná. Desde o começo da pré-temporada, só os novos contratados foram selecionados para as entrevistas coletivas. En­­quanto isso, os remanescentes também voltavam ao trabalho no Ninho da Gralha. Ao falarem sobre o que esperam de 2010, fica clara uma ligação maior com o Tricolor do que quem acabou de chegar.

"Estar em um clube como o Paraná já é uma motivação. Gosto bastante daqui. Isso contribuiu para minha permanência. Pretendo cumprir meu contrato e subir o time", diz o lateral-direito Murilo, cuja negociação chegou a ser vista como salvação financeira do Tricolor. "Sabemos da responsabilidade. Os últimos anos não foram bons e queremos dar uma resposta ao torcedor", emenda o zagueiro Luís Henrique.

Discursos diferentes da maioria dos 11 reforços. Eles falaram em ajudar o time a fazer boas campanhas e, principalmente, na volta para a Série A. Mas deixaram transparecer que, por ora, a estadia no clube é encarada como um ponto de passagem para contratos melhores no futuro.

Pelo menos para o atacante Marcelo Toscano, o melhor no mo­­mento foi ficar no Tricolor. Dife­­rentemente de Murilo e Luís Hen­rique, o compromisso dele terminou no fim do ano passado. Mas optou por renovar. "Não poderíamos interromper o processo de ascensão do Marcelo, que voltou a atuar como atacante e fazer gols. Está totalmente motivado", afirma o empresário Roberto Gomes, lembrando que o cliente foi contratado para a ala-direita, mas acabou a temporada como camisa 9.

Nem o iminente desmanche o fez desistir de ficar. "Não nos preocupamos porque o elenco está sendo reformulado. Tínhamos contato com os dirigentes e sabíamos que isso aconteceria", acrescenta Gomes.

Apesar de ver dificuldades na remontagem da equipe, Luís Hen­rique acredita no esforço para ter um time de verdade o quanto antes. "É difícil porque no fim da Série B nosso entrosamento estava muito bom. Mas nos trabalhos vamos nos conhecendo cada vez mais. Nos treinos com bola já estamos decorando o nome da moçada. Temos de acelerar o processo para começar bem, já que ano passado não foi assim", alerta. Para Murilo, a situação é bem melhor do que a vivida no começo de 2009. "Agora pelo menos alguns foram mantidos. No ano passado foi bem pior. Acho que só ficamos eu e o (meia) Kléber", lembra – Luís Henrique também já estava no clube, mas terminou 2008 lesionado. Além dos dois e de Toscano, já faziam parte do elenco os jovens goleiros Luís Carlos, Rodolfo e Thiago Rodrigues, os volantes Edimar, João Paulo e Luiz Henrique Camargo, os meias Bruninho, Élvis e Vinícius e os atacantes Igor e Wellington Silva.