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Uma relação direta entre o desempenho do time em campo e a soma das receitas ao fim de cada ano. É essa a principal constatação tirada do estudo sobre as finanças dos três maiores clubes paranaenses entre 2004 e 2008, elaborado pela Esporte Total, divisão da empresa de auditoria Crowe Horwath RCS. Por ainda não estarem fechados, os balanços deste ano não constam no levantamento.
A relação campo-bolso varia caso a caso. O Rubro-Negro vice-campeão brasileiro em 2004 e da Libertadores em 2005, por exemplo, aproveitou a exposição para vender jogadores, casos de Jadson, Fernandinho e Lima, e fechar o ano com a maior receita do período: R$ 65,8 milhões (correspondente a 53% do bolo arrecadado pelos três clubes durante aquele ano).
No Coxa ocorreu o contrário. O pico de R$ 46,9 milhões (37% do bolo) foi verificado no mesmo ano, também graças à venda de atletas. Mas a saída de Adriano, Roberto Brum, Fernando, Rafinha e Miranda enfraqueceu o elenco de forma irremediável e o resultado foi o rebaixamento para a Série B.
Em 2005, o Tricolor representava apenas 10% do total, com receita de R$ 12,9 milhões. Mas o processo era de crescimento. Dois anos depois, embalado pela participação na Libertadores, atingiria seu ápice: R$ 24,9 milhões, ou 26%, tomando boa parte da fatia perdida pelo Coxa após a queda.
O Paraná seria rebaixado naquele mesmo ano, fazendo a curva entrar na descendente como a do rival. No Alviverde, aliás, é certa nova queda a partir de 2010. Depois de ganhar fôlego ao voltar para a elite no ano passado vendo a receita saltar de R$ 14,9 para R$ 37,7 milhões , a volta à Segundona agora será um duro golpe na saúde financeira do clube.
"Não tem jeito. Os clubes brasileiros dependem muito da verba da tevê. Tirando o fenômeno Corinthians, que conseguiu faturar até mais na Série B, os outros perdem muito dinheiro ao cair", diz Amir Somoggi, consultor da Crowe Horwath RCS.
Sem os benefícios do Clube dos 13, o Paraná viu sua cota cair de R$ 3,6 milhões para R$ 650 mil ao ser rebaixado. Membros da associação, como o Coxa, são atingidos por uma redução de 50% da cota. Considerando um reajuste, os R$ 12 milhões recebidos em 2009 se transformarão em R$ 7 milhões na próxima temporada.
Isso sem falar no fechamento do Couto Pereira, imposta pelo STJD, que influenciará nas receitas de sócios, bilheterias e patrocinadores. "O clube terá de ser muito criativo. Chamar o público de outras cidades, vender ingressos para empresas... Além de revitalizar sua marca, que, queira ou não, saiu arranhada", afirma Somoggi.
O Atlético liderou a captação de recursos entre os rivais em todo o período do estudo. Mas viu a curva entrar na descendente a partir de 2006, coincidindo com a queda de produção do time e a falta de bons jogadores para negociar. Em 2008 faturou R$ 21,4 milhões a menos do que o ápice de três anos antes. Ainda assim, 45% do bolo.
Baseado em outro estudo feito pela empresa, Somoggi confirma que os resultados dependem dos investimentos feitos no departamento de futebol. Ele cita São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Internacional, Grêmio e Cruzeiro como os times que mais gastaram, e venceram, nos últimos anos.
Não é o caso do Atlético. "O clube é tido como exemplo de administração. Mas não disputa títulos. O torcedor deve se questionar o tempo todo até quando teremos a melhor administração, mas ficaremos vendo os outros serem campeões?", diz o consultor.
Ele aconselha os clubes locais a tomar como exemplo os times gaúchos. "Inter e Grêmio também são de fora do eixo Rio-São Paulo e recebem uma cota de tevê menor (porém maior do que os paranaenses). Mas encontraram na forte característica regional o caminho para ações que aumentaram suas receitas."
Em 2008, a dupla gaúcha teve participação de 0,10% no Produto Interno Bruto (PIB) do estado. E a tendência é de crescimento. Por aqui, com um clube a mais na soma, a mesma marca foi atingida em 2005. De lá para cá, só caiu, se fixando em 0,06 entre 2007 e 2008.
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