Renovação de Nei depende de valorização financeira

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Destaque na recuperação do Atlético no Campeonato Brasileiro, o lateral-direito Nei é das prioridades na formação do elenco de 2010. No último domingo, após a vitória por 2 a 0 sobre o Goiás, o jogador mais uma vez manifestou o desejo de permanecer no Furacão na próxima temporada. Do outro lado, a diretoria rubro-negra também afirma que gostaria de contar com ele no elenco de 2010.

No entanto, a renovação ainda depende de acerto financeiro. "Temos conversado bastante com o Nei e estamos evoluindo a cada encontro. Entendemos que o jogador quer uma valorização pelo campeonato que está fazendo, mas o problema é o tamanho dessa valorização. É isso que o Atlético não está concordando", explicou diretor de futebol do Atlético, Ocimar Bolicenho, em entrevista à Gazeta do Povo, nesta segunda-feira (9).

Apesar da preocupação atleticana com o "tamanho" da valorização, o empresário de Nei, Joseph Lee, assegurou, em entrevista à Gazeta do Povo, em 29 de outubro, que não se trata de uma pedida aquém da realidade do clube. "O jogador quer apenas uma valorização normal, nada fora do comum", garantiu Lee, lembrando que o jogador ainda não havia recebido nenhuma proposta oficial para deixar o Atlético.

De acordo com Ocimar Bolicenho, o contrato de Ney com o Furacão termina em 31 de dezembro de 2009. Porém, existe uma cláusula que permite a prorrogação do acordo por mais dois anos. "Isso não é segredo para ninguém (possibilidade de renovação). O Nei mesmo não esconde isso. O que estamos discutindo agora é essa valorização, que nós também concordamos, só achamos que ela não pode extrapolar."

Renovações de emprestados estão emperradas

No Atlético por empréstimo até o fim do ano, o volante Rafael Miranda e o meia Wesley ainda não sabem se permanecerão no clube em 2010. O caso mais complicado é de Wesley. O jogador pertence ao Santos e as conversas com o Peixe ainda não evoluiram.

"Tudo depende as eleições do Santos, que estão programadas para 5 de dezembro. Não sabemos quem será o presidente e se ele vai querer ou não o Wesley no elenco. O que eu posso dizer que é um jogador que nos interessa e vamos fazer de tudo para mantê-lo aqui", lembrou Bolicenho, que trabalhou na coordenação de futebol do Santos antes de assumir a diretoria de futebol do Atlético.

"Posso falar com propriedade. O Wesley não rendia no Santos nem 10% do que rende no Atlético. Aqui ele tem espaço para jogar. Lá no Santos ele foi queimado. Todos acham que ele seria o novo Robinho da noite para dia. O jogador precisa de tempo de adaptação. Aqui no Atlético ele teve isso."

Sobre a situação de Rafael Miranda, emprestado pelo Atlético Mineiro, o diretor de futebol parece mais tranquilo. "Com o Atlético Mineiro é uma relação mais sólida. Temos uma parceria. Por exemplo, o Pedro Oldoni está lá por empréstimo. O Júlio César também passou por lá. Neste caso, precisamos saber se eles (Atlético Mineiro) querem renovar com o Rafael Miranda, pois o contrato de empréstimo conosco termina no mesmo dia do contrato do jogador com o Atlético Mineiro. Não queremos passar por cima. Por isso vamos esperar que eles definam", finalizou o dirigente atleticano.