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Suárez marca um de seus dois gols contra o Taiti: “semifinal linda” | Marcos Brindicci/ Reuters
Suárez marca um de seus dois gols contra o Taiti: “semifinal linda”| Foto: Marcos Brindicci/ Reuters

Um respeito ainda não vis­­to nesta Copa das Con­­federações tomou conta do discurso da seleção brasileira quando o assunto se tornou o Uruguai, adversário de quarta-feira (26), em Belo Horizonte, pelas semifinais. Reverência que parece ainda maior do outro lado.

"É um clássico da região. Isso torna qualquer jogo imprevisível", cravou o zagueiro David Luiz sobre o duelo com a seleção do continente que foi mais longe na Copa do Mundo da África do Sul e ganhou a Copa América de 2011 na Argentina. "Eles têm a base do time de 2010, com a força do ataque formado por Forlán, Cavani e Luis Suárez; o Lugano na zaga, o goleiro Muslera, o Arévalo no meio. Vai ser um jogo complicadíssimo", analisou o coordenador técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira.

A forte marcação e o trio ofensivo, em especial o melhor jogador da última Copa, foram citados pelos jogadores brasileiros como principais qualidades do time uruguaio. "É uma equipe muito forte. Tem compactação legal entre meio e defesa e um jogador acima da média, o Forlán", apontou o zagueiro Thiago Silva. "Como nós, eles têm jogadores decisivos na frente. Temos de procurar agredir como temos feito nos últimos jogos para que os nossos se sobressaiam", emendou o centroavante Fred.

O momento charrua, po­­­­rém, não é assim tão bom. A equipe de Óscar Ta­­­­­­bárez vive dificuldades nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2014 – estava ainda pior até a vitória fora de casa sobre a Venezuela antes de vir ao Brasil para a Copa das Confederações. Com o resultado, passou a ocupar a quinta posição, que hoje a levaria a um duelo com o quinto da Ásia pela repescagem intercontinental. Em má fase, havia a possibilidade de Forlán parar no banco de reservas. Hoje, Suárez, do Liverpool, e Cavani, do Napoli, gozam de status bem maior no futebol mundial do que o atacante do Inter, que voltou a ser decisivo no triunfo por 2 a 1 sobre a Nigéria na segunda rodada.

O respeito toma dimensões ainda maiores no lado celeste, que se pronuncia em tom de admiração. "Jo­­gar contra o Brasil é algo que me motiva muito, pela potência ofensiva. É a seleção que mais ganhou Copas do Mundo, realmente uma entidade no futebol. Por todas essas razões é um privilégio estar entre as quatro equipes nas semifinais", discursou Tabárez, orgulhoso e modesto com a afirmação de Felipão de que o Uruguai seria o pior adversário. "Scolari foi muito generoso, mas vamos tentar limitar os pontos fortes do Brasil".

O atacante Suárez mostrou toda a empolgação de seu time. "Será muita responsabilidade enfrentar o Brasil, se confirmou uma semifinal linda", disse, após entrar no segundo tempo da partida de ontem e fazer dois gols na goleada por 8 a 0 sobre o Taiti.

Ele comemorou a folga dada pelo técnico aos titulares – algo que o adversário não teve. "É importante ter um bom tempo de descanso em um torneio assim, com vários jogos seguidos. O Brasil está muito bem e precisamos estar em ótimas condições para enfrentá-lo".

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