• Carregando...
Marcelo Oliveira em três atos: passeando pelo calçadão da Rua XV, engraxando o sapato (foto 1) e tomando um cafezinho (foto 2) | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Marcelo Oliveira em três atos: passeando pelo calçadão da Rua XV, engraxando o sapato (foto 1) e tomando um cafezinho (foto 2)| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Volta por cima

Oliveira projeta recuperação imediata

Longe da família, que vive em Belo Horizonte, Marcelo Oliveira ocupa seu tempo livre assistindo à vídeos dos próximos adversários do Coritiba e jogos de futebol pela televisão. Por duas vezes, o treinador reviu os lances da final da Copa do Brasil.

"Naquela primeira semana trouxe um incômodo, porque ficamos tão próximos de uma situação que todos nós esperávamos, a tor­­­­cida também. Não foi tanto em função de deficiência ou de eventuais equívocos. Foi porque o futebol é assim", lamentou.

O técnico, que utiliza os vídeos para corrigir o posicionamento dos atletas, afirmou que encara com naturalidade a ascensão repentina e a grande cobrança após o revés na decisão. O desafio agora é voltar a vencer no Brasileiro e recuperar o bom momento.

"Já passei por muita coisa no futebol e sei como funciona essa dinâmica. Existe externamente uma ideia que se caiu [de produção]. Pode até ser que não jogamos as últimas partidas com a mesma intensidade. Mas ganhamos dois e perdemos um, este com um jogador a menos [contra o Botafogo]. Está dentro do normal. Agora não podemos deixar passar muito [a recuperação]", alertou. (FR)

"Parabéns pela campanha", disse rapidamente um jovem torcedor do Coritiba ao se deparar com o técnico Marcelo Oliveira na Rua XV, no Centro de Curitiba, ontem. A frase – quase sempre acompanhada de um aperto de mãos – foi repetida algumas vezes por senhores, crianças e mulheres que passavam pelo local, uma quadra distante do hotel onde Oliveira mora há seis meses.

Entre um pitaco e outro na montagem do time, o comandante do Coxa sentiu que segue apoiado pela torcida após o vice-campeonato da Copa do Brasil e o início ruim no Brasileiro. Foi um "termômetro" – como ele mesmo definiu.

Acompanhado pela reportagem da Gazeta do Povo, Oliveira seguiu o ritual tradicional dos frequentadores da Boca Maldita. Depois de tomar um cafezinho e caminhar pelo calçadão, teve os sapatos engraxados pelo atleticano Floriano Dias. Não ouviu críticas. E se sentiu à vontade para falar do futuro do time.

"O que temos de fazer é continuar jogando da mesma forma, com mesma intensidade de marcação, buscando estar bem posicionados, estruturados e principalmente com a cabeça no lugar. É preciso ter equilíbrio quando você está ganhando e estabelece 24 vitórias numa trajetória de invencibilidade, ou perdendo", disse o treinador.

Necessária anteriormente, a exclusividade dada à Copa do Brasil começa a cobrar seu preço. Com apenas três pontos em quatro jogos na Série A, o clube não vive mais a realidade anterior à decisão. Uma semana atrás, a Libertadores estava a uma partida de distância. Hoje o caminho é composto por mais 34 rodadas.

Para que o sonho de uma vaga na principal competição sul-americana siga vivo para o Alvi­­verde, a meta é ser praticamente perfeito em casa, além de não deixar de conseguir pontos como visitante.

"A gente vai passar nesta se­­mana, inclusive em uma reunião com os jogadores, os índices de Libertadores e Sul-Ame­­ri­­cana dos últimos cinco anos. Se você mantiver uma média de 60%, está dentro", cravou Olivei­­ra, confiante que o trabalho renderá frutos no fim da temporada.

"[A possibilidade] é grande, por tudo o que nós produzimos, pelo momento equilibrado na parte administrativa do clube, pelos jogadores que temos. O trabalho de recuperação está apenas iniciando, vai acontecer mui­­ta coisa. E a perspectiva é boa", cravou o treinador de 56 anos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]