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Torcedores do Atlético no jogo de ontem, na Arena: estádio corre risco de perder a Copa | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Torcedores do Atlético no jogo de ontem, na Arena: estádio corre risco de perder a Copa| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Nunca a relação entre o poder público local e o Atlético esteve tão estremecida. Desde quando Curitiba foi anunciada como uma das 12 sedes da Copa de 2014, em maio de 2009, pela primeira vez os dois lados trocaram farpas públicas.

O "confronto" começou na se­­mana passada, via imprensa, e deverá ter o seu ápice, frente a frente, em uma reunião marcada para hoje à tarde. O encontro definirá novos rumos para a finalização da Arena ou, até, o descarte do estádio por um novo projeto.

A crise veio à tona na terça-feira da semana passada, depois de a CBF dar um ultimato no comitê paranaense para o Mundial. Nas palavras do diretor de comunicação do Comitê Organizador Local e da CBF, Rodrigo Paiva, ou "dá uma definição imediata ou Curitiba vai ficar fora da Copa".

No mesmo dia, o BNDES negou a possibilidade de utilizar os títulos de potencial construtivo de Curitiba como garantia para o financiamento das obras de finalização da Arena. E o presidente do Atlético, Marcos Malucelli, que deveria estar junto nos dois encontros realizados no Rio de Janeiro, na última hora avisou que não poderia ir e também não mandou representantes em seu lugar.

A mistura de pressão, insucesso e desinteresse foi explosiva. "O Atlé­­tico terá de nos dar uma solução. É ele que precisa da obra", disparou Algaci Túlio, secretário especial do governo do Paraná para a Copa de 2014. "Que venha essa reunião [de hoje] e vamos aguardar o que eles [comitê da Copa] têm para nos dizer", disse Malucelli.

O resultado do encontro de hoje é totalmente imprevisível. O Atlético não abre mão de sua posição de não se endividar e gastar apenas o valor de 1/3 da obra. O Comitê da Copa ainda não conseguiu uma forma de arranjar o restante do dinheiro (cerca de R$ 90 milhões) sem simplesmente doá-lo ao clube.

Por isso o governador Orlando Pessuti, procurado incessantemente pela reportagem, avisou que só dará entrevista depois que tiver uma solução para o problema.

Por enquanto, as alternativas que estão na mesa são, basicamente, encontrar uma construtora que se interesse por trocar os gastos da reformulação e finalização da Arena pelos títulos de potencial construtivo de Curitiba ou o próprio governo estadual emprestar o dinheiro do Fundo de Desenvolvimento Eco­­nômico (FDE) do Paraná, o que ne­­cessitaria de aprovação da Assembleia Legislativa.

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