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Uma rápida reunião na sala administrativa do Couto Pereira na semana passada selou a história de nove anos de Renan no Coritiba. E pôs fim, mesmo que momentâneo, ao sonho dos Ceschin de ver um de seus representantes brilhar com a camisa coxa-branca, paixão antiga da família de origem italiana.

Sem um argumento convincente, a diretoria alviverde optou por antecipar o término do contrato do meio-campista, de 21 anos, que venceria apenas em agosto, e liberou o jogador "para seguir o seu destino", como disse o coordenador de futebol, João Carlos Vialle.

Renan passou assim de promessa a dispensável em pouco mais de dez meses, acabando com a possibilidade de o Coritiba lucrar numa futura negociação. Quem quiser contratar o armador a partir de agora só precisa definir a questão salarial com o procurador e irmão do camisa 10, Arthur Ceschin – um time da Europa e outro asiático já teriam demonstrado interesse.

"Não entendi nada. Eles falaram que eu não seria aproveitado e me deram o passe. Saio frustrado. Nem tive oportunidade direito de jogar entre os profissionais", afirmou o jogador, relembrando a contusão no púbis que o tirou dos gramados por dois meses no ano passado e o estágio forçado no time B.

A situação é bem diferente da vivida por Renan no primeiro semestre de 2006. Principal revelação do clube ao lado do atacante Keirrison na Copa SP, o meia quase foi parar na Espanha. O Xerez Club Deportivo, equipe da Segunda Divisão espanhola, chegou a oferecer 200 mil euros para ficar com o armador. O Coritiba recusou. Pediu 500 mil euros e a negociação emperrou.

"Sem problema. Tenho passaporte italiano e até o próximo domingo acredito que eu já esteja empregado novamente", disse ele, sem revelar o destino.

A versão oficial para o afastamento de Renan, dita pelo presidente Giovani Gionédis no dia em que o técnico Gilberto Pereira foi apresentado oficialmente, em dezembro, é a de que "a avaliação do jogador não é boa".

Mas, nos bastidores, a informação é a de que Renan foi liberado por ser ligado à oposição coxa-branca, boato prontamente negado por Vialle. "O Coritiba não faz isso. É pura fofoca. Prejudicaríamos o clube por quê?"

"O Coxa é grande demais. Essas pessoas vão passar, mas o clube e a torcida ficarão. Não tenho dúvida de que um dia eu vou voltar e reescrever a minha história no Coritiba", disse Renan, sem esconder a mágoa.

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