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A Sul-Americana havia se transformado na esperança de salvação da temporada atleticana. Quem sabe o primeiro título internacional do clube para esquecer as decepções com o Paranaense, a Copa do Brasil e o Brasileiro. Tanto que ontem a Arena esteve lotada mais uma vez para o primeiro duelo semifinal com o Pachuca, do México. Mas nem a boa campanha no continental e o brilho de alguns dias atrás, em partidas repletas de gols, tiraram do fundo da mente dos torcedores a desconfiança com o time. Foi só o argentino Álvarez marcar o gol da vitória dos Tuzos aos 40 minutos do segundo tempo para tudo vir à tona.

Ressentimento com a equipe, entre os próprios torcedores, com o atacante Dagoberto... Poucos escaparam dos protestos ao fim da partida, quarta derrota seguida do clube. Parecia que o Rubro-Negro havia acabado de ser eliminado. Impressão reforçada pelo desânimo dos atletas. A maioria deles não quis nem dar entrevistas na saída do campo. Talvez um reconhecimento silencioso da péssima atuação e de que será necessário mudar completamente a postura se o objetivo da viagem ao México na semana que vem for buscar a classificação para a final.

No jogo da meia-noite de quarta para quinta-feira (horário de Brasília), o Furacão precisa vencer por dois gols de diferença, ou um desde que com placar de 2 a 1 para cima. Se devolver o resultado a decisão vai para os pênaltis.

Para reverter a situação em Pachuca, o trio Ferreira, Marcos Aurélio e Dênis Marques terá de voltar a ser mortal. Se chamado novamente, Dagoberto precisará mostrar que a razão ontem estava do lado de quem o aplaudiu ao entrar em campo e não de quem o chamou de pipoqueiro no fim – apesar de muitos terem feito as duas coisas.

Os laterais Jancarlos e Michel terão de melhorar muito. Os volantes Erandir, Alan Bahia e Cristian não poderão deixar os Tuzos tocar a bola tão tranqüilamente. Os zagueiros Danilo e César, além do goleiro Cléber, serão bem mais exigidos pelo adversário, que demonstrou claramente se contentar com o empate fora de casa e saiu no lucro ao marcar seu golzinho. Por fim, o técnico Vadão terá de encontrar alternativas diferentes para superar a ótima defesa mexicana.

Mas a resposta aos torcedores só poderá ser dada via televisão – que ontem transmitiu o jogo e as brigas na arquibancada para toda América Latina em rede aberta e fechada. O time sequer terá a oportunidade de se redimir na Arena. Como perdeu um mando de campo no Brasileiro e o estádio não comporta uma ainda possível final sul-americana, Baixada agora só no ano que vem – ou na Copa dos 100 Anos.

Em Curitiba

Atlético 0Cléber; Jancarlos, Danilo, César e Michel (Chico); Alan Bahia, Erandir, Cristian (William) e Ferreira; Dênis Marques e Marcos Aurélio (Dagoberto).Técnico: Vadão.

Pachuca 1Calero; Cabrera (Rodríguez), López, Mosquera e Pinto; Correa, Salazar, Caballero e Chitiva (Alfaro); Giménez e Cacho (Álvarez). Técnico: Enrique Meza.

Estádio: ArenaÁrbitro: Claudio Martín (ARG).Gol: Álvarez (P) aos 40 do 2.º tempo.Amarelos: César, Michel, Dagoberto (A); Mosquera, Pinto, Salazar, Chitiva (P).Público pagante: 19.872 (total de 21.955).Renda: R$ 520.322,50.

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