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De mãos dadas pelo Tricolor: Ricardinho e Rubens Bohlen uniram forçar para ajudar na reestruturação do Paraná | Marcelo Elias/ Gazeta do Povo
De mãos dadas pelo Tricolor: Ricardinho e Rubens Bohlen uniram forçar para ajudar na reestruturação do Paraná| Foto: Marcelo Elias/ Gazeta do Povo

Copa do Brasil

A primeira partida do Paraná contra o Ceará, pela segunda fase da Copa do Brasil, será no dia 11 de abril, quarta-feira, no Presidente Vargas, às 21h50. Se vencer por dois gols de diferença, evita o segundo jogo, na Vila Capanema, uma semana depois – no mesmo horário.

Ao completar os primeiros cem dias à frente do Paraná, a gestão Rubens Bohlen tem contado com um importante auxiliar administrativo na tentativa de implantar uma nova filosofia de trabalho no clube. A chegada de Ricardinho ao Tricolor, no início de janeiro, trouxe mais do que o retorno de um ex-jogador identificado com a torcida. O atual treinador teve participação decisiva nos principais méritos da nova diretoria.

Da recuperação das categorias de base à reforma da Vila Olímpica, os dirigentes têm se escorado nas opiniões e ideias do pentacampeão mundial para se desvincular da imagem de inoperância, que marcou os mandatos dos últimos presidentes tricolores. Com os ouvidos atentos e dispostos a colocar a mão na massa, a turma de Boh­­len tem seguido à risca as orientações do "manager".

Antes mesmo de aceitar o convite para ser o técnico da equipe, Ricardinho deixou claro que a autonomia seria uma das principais exigências para assumir o comando tricolor. Com carta-branca e o aval do presidente do clube, o ex-jogador tem sido voz ativa nas reuniões de cúpula, mesmo afirmando publicamente que está res­­trito a questões técnicas.

A nova turma de dirigentes, que rechaça o vínculo com as ad­­mi­­nistrações passadas, mesmo com vários integrantes tendo feito da parte do mandato de Aquilino Romani, tem agido para profissionalizar a administração do clube. O departamento de futebol, entregue nos últimos anos a dirigentes-torcedores, agora possui um gerente remunerado.

Alex Brasil chegou ao Paraná com a responsabilidade de organizar uma equipe que ficaria cinco meses praticamente sem calendário. A contratação do gestor foi avalizada por Ricardinho, que encontrou no colega a dupla ideal para exercer a voz de co­­man­­do sobre as contratações de novos jogadores.

Os bons resultados na primeira rodada da Copa do Brasil, contra o Luverdense-MT, deixaram os torcedores empolgados e serviram para referendar o desempenho da nova diretoria nesses primeiros meses. Apesar do entusiasmo, o presidente Bohlen prefere manter os pés no chão. "Estamos em uma lua de mel desde que assumimos. Até pela falta de calendário, por estarmos tomando todas as medidas administrativas, mas eu sei que isso não perdura por muito tempo. O resultado dentro de campo que vai determinar o sucesso ou não. Estamos preparados para isso", garantiu.

Administrador de empresas aposentado, o mandatário tricolor garante que a diferença para as gestões anteriores está na natureza dos dirigentes. "Nós vamos colocar o clube no seu devido lugar porque não temos ambição política. Nosso maior orgulho, nossa maior vaidade, é ver a felicidade dos funcionários e da torcida. Não somos nada mais do que torcedores", enfatizou Bohlen, que tem mandato até o fim de 2013.

Grupo teve poder modificado

Membro do grupo que ajudou a elaborar o planejamento estratégico do Paraná – que definiu as metas do clube para os próximos oito anos –, Rubens Bohlen assumiu a presidência do Tricolor alterando o grau de poder do grupo que foi eleito junto com ele.

Antes responsável pela gestão do departamento de futebol, Paulo César Silva, atual primeiro vice-presidente, perdeu poder e influência. Renegado a funções administrativas, Paulão, como é conhecido, foi blindado do dia a dia da equipe devido ao gênio explosivo e as declarações polêmicas que deu no ano passado.

No lugar dele, quem assumiu o posto de vidraça paranista foi o superintendente-geral, Celso Bit­­tencourt. Antigo diretor financeiro, Bittencourt é quem responde por todas as medidas tomadas pe­­la diretoria. Ao lado de Luís Car­­los Casagrande, segundo vice-presidente, e responsável pelo patrimônio do clube, ele tem atuado como porta-voz de Bohlen – que ainda é avesso a entrevistas e pronunciamentos.

Apesar das alterações nos cargos, o organograma da nova diretoria, segundo os próprios dirigentes, visa a restabelecer a credibilidade da torcida na administração tricolor. "A torcida do Paraná se destaca pela qualidade e não pela quantidade. E é ela quem vai ter que carregar o time no colo. Precisa ter paciência quando as coisas não correrem como a gente espera, mas tenho certeza de que ela vai nos apoiar", afirmou o presidente Rubens Bohlen.

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