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A maranhense mantém o estilo dor de cotovelo antenada com as novidades | Arquivo Gazeta do Povo
A maranhense mantém o estilo dor de cotovelo antenada com as novidades| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Atacante morre em Israel

Beer-Sheva, Israel – Enquanto Antônio Puerta era enterrado na Espanha, o futebol mundial registrou outra morte ontem. O atacante Chaswe Nsofwa, natural de Zâmbia, morreu durante um treino no Hapoel Beer-Sheva, clube da segunda divisão de Israel. Ele tinha 27 anos.

Nsofwa desmaiou durante um treino, disputado sob um calor de 40º C, foi levado para o hospital e, apesar dos esforços dos médicos acabou morrendo. As causas, no entanto, ainda foram divulgadas.

Além disso, o zagueiro irlandês Clive Clarke, do Leicester City, está internado em um hospital de Nottingham, na Inglaterra, e seu quadro apresentou ligeira melhora. Ele tem 27 anos e sofreu um ataque cardíaco no intervalo do jogo de terça-feira, contra o Nottingham Forest, pela Copa da Liga Inglesa.

Sevilha – A cidade de Sevilha parou ontem para acompanhar o enterro de Antonio Puerta, jogador espanhol que tinha 22 anos e morreu na terça, depois de passar três dias internado – ele desmaiou em campo durante o jogo do Sevilla contra o Getafe, sábado, pelo Campeonato Espanhol, e sofreu várias paradas cardíacas até chegar ao hospital. Além de amigos e familiares, milhares de torcedores dos dois clubes locais, o Sevilla e o Betis, lotaram as ruas para prestar as últimas homenagens.

A pedido dos familiares, o sepultamento foi fechado para o público. Mas os fãs tiveram a chance de se despedir de Puerta durante toda a noite, pois o velório foi realizado no Estádio Ramón Sánchez Pizjuán. Torcedores do Betis deixaram a rivalidade com o Sevilla de lado e também participaram da cerimônia, formando filas de milhares de pessoas. "Puerta, amigo, Sevilha está contigo", foi gritado pelo público.

O caixão de Puerta estava coberto com uma bandeira do Sevilla, seu único clube em três temporadas como jogador profissional de futebol. Ao lado, ficou exposto o troféu da Copa da Uefa, que o lateral-esquerdo ajudou o time espanhol a conquistar nos dois últimos anos.

A família de Puerta autorizou a doação de órgãos e tecidos, mas os danos provocados pelas paradas cardíacas deixaram apenas os rins e alguns tecidos em condição de serem doados. A mulher do jogador, Mar, está no sétimo mês de gravidez. Seu desespero comoveu a todos que compareceram ao velório e depois ao cemitério.

Companheiros de Puerta no Sevilla também participaram do funeral, assim como atletas e dirigentes de outros clubes. Foi o caso do presidente do Real Madrid, Ramón Calderón, e dos jogadores Sergio Ramos, Raúl, Júlio Baptista e Guti, todos também do Real. Já o Barcelona esteve representado pelo seu capitão, o zagueiro Puyol.

Também como forma de homenagem, o Estádio Nou Camp fez um emocionado minuto de silêncio ontem, antes do amistoso entre Barcelona e Inter de Milão. Os jogadores do time espanhol, inclusive, entraram em campo todos vestidos com o uniforme de Puerta.

A morte de Puerta também causou repercussão na Fifa. "É um acontecimento muito triste e demonstra a importância de que se examine os jogadores ao máximo. Sabemos que existem coisas que não se podem evitar, mas queremos incrementar a prevenção e os exames médicos. Há de se aproveitar para ver o que pode ser feito para salvar outras vidas no futuro", afirmou o presidente da entidade, Joseph Blatter.

E os jornais espanhóis não ficaram indiferentes à tragédia e estamparam a tristeza e a indignação pela perda do talentoso jogador, considerado uma das promessas do futebol do país. "Antonio Puerta, a injustiça de morrer aos 22 anos. Por quê?", estampou o diário Marca. "Serei sevillista até morrer", era a manchete do AS, citando frase do próprio Puerta.

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