Belo Horizonte - Um duelo de titãs. E de divas. Hoje, na final da Superliga Feminina de Vôlei, a partir das10 horas, os dois maiores campeões da última década, Rio de Janeiro e Osasco (SP), se reencontram em um jogo decisivo, desta vez, no ginásio Mineirinho, em Belo Horizonte (MG). Nos dois lados das quadras, 11 das 16 jogadoras da seleção brasileira participam da decisão.
O confronto já é o principal clássico do vôlei nacional. Os números das duas equipes impressionam e justificam a rivalidade. Em dez anos, é a sétima vez consecutiva em que o grupo patrocinado pela Unilever e o Osasco fazem a final da Superliga. A equipe carioca venceu quatro e a paulista as outras três inclusive a da temporada passada.
Já o técnico Bernardinho tem ao todo seis títulos da competição (dois conquistados quando o time jogava em Curitiba e se chamava Rexona). O Osasco venceu quatro Superligas, com patrocinadores diferentes (os bancos BCN e Finasa).
Na atual temporada, o equilíbrio prevalece: o time paulista perdeu apenas quatro jogos, dos 26 disputados, dois deles para o adversário de hoje. Este foi derrotado apenas duas vezes.
O confronto será em território neutro, o Mineirinho. E as duas equipes pregam o respeito ao adversário, embora não escondam o clima de batalha.
"O Osasco tem a melhor linha de passe do mundo [com a líbero Camila Brait e as ponteiras Jaqueline e Sassá], duas centrais de ponta, grandes defensoras. O Unilever [Rio] vai jogar taticamente muito certo. Jogar certo é a nossa chance [de vencer], aponta Bernardinho.
Já Luizomar de Moura, que tenta o bicampeonato comandando o Osasco, enaltece as qualidades individuais do elenco adversário. "A [oposto] Sheilla, hoje, para mim, é a melhor do mundo, a Mari, pelo que já fez e, mesmo voltando de cirurgia, é uma peça importantíssima, a Valeskinha, com toda sua experiência... É uma equipe muito forte e vai ser um jogo de gato e rato", diz.
O Osasco vai ter de jogar com tanta vontade de vencer como a que teve na final da temporada 2009/2010, fala o treinador. Na época, a equipe quase ficou de fora da competição pela perda do patrocínio. "Foi minha primeira final de Superliga. Experimentei o gostinho da vitória e espero repetir neste ano", afirma a ponteira Natália.
"Futebol, basquete, outros esportes sempre sobressaíram pelas rivalidades, diz a líbero Fabi. "É a rivalidade entre cariocas e paulistas, até entre patrocínios", fala a titular do posto na seleção, sobre o fato de os dois times serem apoiados por empresas que, entre outros produtos, concorrem no mercado de bebida de soja (Ades, da Unilever, e Sollys, da Nestlé).
A jornalista viajou a convite da Unilever.
Ao vivo
Rio de Janeiro x Osasco, às 10 horas, na RPC TV e SporTV.
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