Rivalidade histórica serve de estímulo contra o São Paulo

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Para muitos atleticanos, sem o Coritiba na Série A, o jogo de hoje, às 18h30, na Arena, será contra o maior rival deste Brasileiro. Desde a final da Libertadores de 2005, quando o Furacão teve de jogar no Beira-Rio a primeira partida contra a equipe paulista, grande parte dos fãs rubro-negros não suporta o São Paulo.

Em 2005, mesmo com as arquibancadas tubulares colocadas para a ocasião, o Tricolor não aceitou jogar na Arena, o que acabou sendo determinante na decisão do título. Para piorar a situação, disputas polêmicas por jogadores que tinham contrato com o Rubro-Negro, como Dagoberto e Aloísio, acirraram ainda mais a rivalidade.

Para o técnico Paulo César Carpegiani, essa animosidade até pode ser utilizada a favor, mas não é o mais importante. "Temos a obrigação de buscar a vitória e ganhar o jogo. Se tem alguma coisa extra, ótimo, mas nós não vamos medir esforços para conseguir os três pontos que nos colocam em uma situação boa", afirmou o treinador, que enfrentará uma equipe abalada após a eliminação da Libertadores na quinta-feira.

Já os jogadores que estão há mais tempo no clube, como o goleiro Neto, sabem bem o motivo de toda esta animosidade. Porém, o jovem camisa 1 evita incentivá-la. "Eu acho que isto foi criado muito por causa da Libertadores, por circunstâncias que não vêm ao caso agora, coisas que já passaram", desconversou. "A própria torcida tem essa rivalidade. Nós temos de deixar isto para a torcida e apenas entrar em campo e buscar o resultado", complementou.

O fato é que, com rivalidade ou não, pelo menos na Baixada o Atlético tem tido sucesso contra o São Paulo. Dos dez jogos que as duas equipes já disputaram desde a inauguração do novo estádio, o Atlético nunca perdeu: foram sete vitórias e três empates. Um tabu que Carpegiani sabe como fazer para não cair.

"Este tabu poderá ser quebrado se nós não tivermos enfrentamento, iniciativa, admitir o jogo do adversário e não se impor. Nós temos, dentro da nossa casa, a obrigação de buscar a vitória contra qualquer equipe", avisou o comandante.

Para completar as atrações do jogo de hoje, pela primeira vez o equatoriano Guerrón, contratado como o maior reforço atleticano neste ano, jogará diante da torcida rubro-negra. E o atacante sabe bem como conseguir a vitória e alegrar seus admiradores. "Eu penso que se o Atlético sair com a disposição que teve no início com o Fluminense, nós vamos passar por cima do São Paulo", apostou.

Guerrón fará a dupla de ataque com o estreante argentino Federico Nieto, mas existe uma pequena possibilidade de Alex Mineiro ficar com a vaga. O zagueiro Leandro e o meia Netinho são as outras novidades da equipe.

Ao vivo

Atlético x São Paulo, às 18h30, no PFC e no tempo real da Gazeta do Povo.

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Ficha Técnica

Curitiba, 18h30

Atlético

Neto; Leandro, Manoel, Rhodolfo e Paulinho; Vítor, Chico, Paulo Baier e Netinho; Guerrón e Nieto (Alex Mineiro).Técnico: Paulo César Carpegiani.

São Paulo

Rogério Ceni, Xandão (Renato Silva), Alex Silva (Samuel) e Miranda; Jean, Rodrigo Souto, Cleber Santana, Marlos e Junior Cesar; Fernandão e Ricardo Oliveira.Técnico: Milton Cruz.

Estádio: Arena. Árbitro: Gutemberg de Paula Fonseca-RJ. Auxs.: Dilbert Pedrosa Moisés-RJ e Marco Aurélio Pessanha-RJ.