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Gol de craque: Robinho manda de letra, sem chance para Rogério Ceni, e decide o clássico paulista na Arena Barueri | Paulo Pinto/AE
Gol de craque: Robinho manda de letra, sem chance para Rogério Ceni, e decide o clássico paulista na Arena Barueri| Foto: Paulo Pinto/AE

Barueri, SP - Foram 1.597 dias de espera. Mas nem parece. Cerca de cinco anos após ter deixado a Vila Belmiro, Robinho fez o Santos voltar a ser o time da moda. No retorno do camisa 7 ao futebol brasileiro, o time santista derrotou o São Paulo por 2 a 1, ontem, na Arena Barueri, e se manteve na liderança do Campeonato Paulista.

"Tive a felicidade de fazer um golzinho", disse o atacante, logo após o apito final. Não, Robinho. Aquele gol esteve longe de ser um "golzinho". Ele completou de letra cruzamento de Wesley. "Foi a maneira que achei ali dentro da área para fazer o gol. Essa molecada vai dar muito o que falar ainda."

Quando Robinho se despediu do Santos, em 24 de agosto de 2005, o time derrotou o Paysandu e chegou à primeira colocação do Campeonato Brasileiro. Como em toda a primeira passagem do jogador pelo clube (a partir de 2002), o time alvinegro chamava a atenção pelo futebol ofensivo. Exatamente como acontece agora. "Falta um pouco de entrosamento e melhor condicionamento físico", comentou o atacante. "Mas essa molecada tem bastante talento. Os garotos jogam muito", completou.

Desde o início, os olhos estavam nele. Na entrada em campo, repórteres e fotógrafos esqueceram os titulares e foram atrás do reserva ilustre.

Quando Dorival Júnior chamou Robinho para entrar, aos 10 minutos do segundo tempo, o Santos vencia por 1 a 0. A torcida santista explodiu. "Deu um friozinho na barriga. O trei­­nador falou para eu me movi­­men­­tar livre e sem marcar, só me posicionar lá no ataque".

O primeiro toque na bola foi aos 12 minutos, um passe para Paulo Hen­­­­rique Lima. Na jogada seguinte, ensaiou as pedaladas que o consagraram em 2002. Mas sem sucesso.

Desaparecido do jogo por al­­guns minutos, Robinho viu o São Paulo empatar com um gol de Ro­­ger. Era a senha para ele ser, mais uma vez, astro de um clássico pau­­lista. "Estava ansioso, mas quando você dá o primeiro drible, a ansiedade acaba. A estreia foi exa­­tamente como esperava. Com o time vencendo, tudo fica mais fácil."

A minoria santista no estádio segurava a respiração toda vez que o camisa 7 pegava na bola. O grito de gol ficou preso na garganta na tabela que ele fez com Neymar. Rogério Ceni evitou o golaço. Mas Robinho parecia des­­tinado a recomeçar com gol (e que gol!) sua trajetória no San­­tos. "Vim em busca de felicidade. Sei da responsabilidade de deixar todo mundo alegre. Estou voltando para melhorar minha história no Santos e ajudar a ga­­rotada", disse ele.

Na saída para o vestiário, Ro­­binho ouviu os xingamentos dos torcedores são-paulinos. Virou-se para eles e apenas abriu um largo sorriso. Uma alegria de quem está de volta para casa.

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