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Ronaldinho Gaúcho abraça Robinho pelo segundo gol brasileiro em Londres. Atacante do City foi o destaque do jogo | Eddie Keogh /Reuters
Ronaldinho Gaúcho abraça Robinho pelo segundo gol brasileiro em Londres. Atacante do City foi o destaque do jogo| Foto: Eddie Keogh /Reuters

Ronaldinho festeja em dose dupla

Ronaldinho gaúcho tinha dois bons motivos para comemorar o triunfo brasileiro de ontem. "Hoje foram duas alegrias. Uma de completar 90 jogos e outra de vencer pela seleção brasileira", afirmou o camisa 10. O primeiro jogo dele com a camisa verde e amarela foi em 1999, na Copa América, quando a seleção massacrou a Venezuela por 7 a 0,

Do outro lado, o técnico da Itália, Marcello Lippi, reconheceu a superioridade dos brasileiros. "Neste momento, o Brasil está mais forte que a Itália. Não estamos tão bem quanto gostaríamos, e hoje ficamos um pouco intimidados. Agora, os brasileiros estão mais fortes, mas no próximo ano, não sei", disse.

Brasil 2 x 0 Itália - Robinho ganhou o colo de Dunga. Em troca, fez o técnico passar com louvor no primeiro teste da seleção brasileira com a sombra do agora desempregado Luiz Felipe Scolari.

Com um gol, dribles desconcertantes e postura de líder, o camisa 11 foi o grande nome da vitória do Brasil sobre a Itália por 2 a 0, ontem, em Londres.

Isso em meio ao caos que virou sua vida pessoal depois da acusação de estupro em uma boate inglesa, o que gerou uma blindagem em cima dele, com direito a assessores europeus contratados a peso de ouro e uma trupe de seguranças e familiares no hotel que abrigou a seleção em Londres.

Dunga, que nunca escondeu ter Robinho como o seu pupilo preferido, apoiou o jogador do Manchester City desde o início – chegou a criticar quem o "condenou por antecipação".

E o atacante correspondeu. No primeiro jogo entre os dois últimos campeões mundiais em quase 12 anos, ele já levantava os braços pedindo o incentivo da torcida logo nos minutos iniciais. Quando achava que o Brasil estava sendo prejudicado pela arbitragem, reclamou com pose de capitão.

O mais importante, no entanto, era o que fazia dentro de campo, especialmente no primeiro tempo, quando o Brasil fez dois gols, jogando bem, o que evitou qualquer manifestação dos milhares de brasileiros nas arquibancadas do Emirates Stadium em favor de Scolari, que preferiu ver o jogo de casa, nos arredores de Londres.

A vitória colocou o Brasil à frente na história no confronto entre os dois países – até hoje empatado no número de vitórias para cada lado (cinco) e em gols marcados (19).

Aos 14 minutos, uma triangulação entre Ronaldinho, Robinho e Elano acabou com o último chutando da marca do pênalti para vencer o goleiro Buffon e abrir o placar.

O momento mais sublime do jogo aconteceu aos 27. Robinho roubou a bola de Pirlo, cortou com um drible certeiro Zambrotta e chutou rasteiro, cruzado, para fazer o segundo.

Para o segundo tempo, Marcelo Lippi, o técnico italiano, reformulou de forma radical sua equipe, com quatro substituições. Dunga manteve o time.

A Itália, que já havia tido um gol anulado no 1º tempo, teve outro na etapa final, desta vez corretamente.

Antes do apito final, Dunga substituiu Robinho, para que ele saísse ovacionado e sendo anunciado como o melhor da partida pela organização.

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Em Londres

Brasil

Júlio César; Maicon, Juan (Thiago Silva), Lúcio e Marcelo; Felipe Melo, Gilberto Silva (Josué), Elano (Daniel Alves) e Ronaldinho; Robinho (Julio Baptista) e Adriano (Pato).

Técnico: Dunga

Itália

Buffon; Zambrotta, Cannavaro, Legrotaglie e Grosso; De Rossi (Aquilani), Montolivo (Perrota), Pirlo (Dossena) e Pepe (Rossi); Gilardino (Luca Toni) e Di Natale (Camoranesi).

Técnico: Marcello Lippi

Estádio: Emirates Stadium. Árbitro: Michael Riley (ING). Cartões amarelos: Zambrotta, Perrotta (I). Gols: Elano (B), aos 13/1º, e Robinho (B), aos 27/1º.

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